Qual o caminho para o protagonismo adolescente na saúde?

O grupo “Alice e a Promoção da Saúde” traz como tema o protagonismo dos adolescentes, no caso, os Pequenos Cientistas, em prol da Promoção da Saúde. De acordo com as orientadoras foi proposto promover a saúde de uma forma diferente, por meio das tecnologias.

“O objetivo principal é promover saúde por meio da construção de um jogo para android para que os adolescentes conheçam e saibam como cuidar da saúde. Os pequenos cientistas construíram questões para um cenário do aplicativo que visa à capacitação de adolescentes e seu protagonismo no processo de promoção em saúde”, explicam.

De acordo com as orientadoras “o jogo tem como personagens os mesmos da história da Alice no País das Maravilhas, pois, a Alice é curiosa, protagonista e inspira a construir um caminho, a conhecer mais sobre diferentes assuntos. E nesse projeto buscamos ser protagonistas”.

Como atividades especiais, o grupo já discutiu várias temáticas como: promoção da saúde, prevenção de doenças, SUS, protagonismo usando a ferramenta (ambiente virtual de aprendizagem) do Moodle Extensão. É como uma sala de aula, mas no computador. Segundo as orientadoras, “os alunos tiveram acesso há várias informações num curso construído online nessa plataforma virtual de aprendizagem que é usada para introduzir alunos a educação à distância e presencial”.

O moodle foi uma ferramenta de pesquisa. Numa sala de computadores na Biblioteca da USP, com acesso a internet, senhas, os pequenos tiveram acesso a essa plataforma de aprendizagem e o formato usado foi adaptado pela USP, o Moodle USP Extensão.

Todos os alunos foram cadastrados e puderam realizar tarefas, interagir na plataforma num bate- papo. “Os estudantes também participaram de discussões nos fóruns, assistiram a vídeos, tiveram acesso a uma biblioteca virtual com muitos textos sobre as temáticas e tiveram a oportunidade de ampliar as discussões da sala de aula com o acesso a plataforma em casa, em qualquer horário,” acrescenta.

Como resultado positivo da absorção do conteúdo apresentado, o grupo conseguiu construir 7 questões para o novo cenário do jogo: a Escola, que foi programado por um estudante de Engenharia de Computação. No jogo de tabuleiro chamado AdoleSuS e nele há dois cenários abertos até agora, o da Unidade de Saúde e agora o cenário construído nesse semestre, da Escola.  “O jogo da Escola é baseado nos personagens da Alice no País das Maravilhas, o personagem da Alice vai caminhando pelo bairro de uma cidade e quando entra em uma casa, na escola ou na unidade, vão surgindo questões que elaboramos”, explicam as orientadoras.

Sobre o grupo…

Em relação ao comportamento do grupo, as orientadoras observaram que “O grupo esse semestre foi diferente do 2º semestre de 2016. Os Pequenos apresentaram mais dificuldades em mexer no moodle fora dos horários das quintas-feiras, principalmente pela ausência de computador e celular em casa”.

Sobre a timidez, uma das principais barreiras constatada nos alunos, foi apresentada por somente um estudante, porém, sempre participava das atividades propostas e dava um retorno positivo. Os demais apresentaram comportamento participativo e proativo.

Outro dado informado pelas orientadoras foi sobre faltas, desistências e horário das aulas. “Começamos com 11 pequenos cientistas, mas 4 desistiram, dois destes justificaram que não poderiam mais ir na quintas-feiras para o projeto. Mas, tiveram dois que não justificaram a saída”.  “Outra coisa é que esse semestre a presença e o tempo foram itens que dificultaram bastante o trabalho, pois, com muitas faltas dos alunos sempre era preciso retomar do início tudo que foi trabalhado e com o tempo muito curto, às vezes menos de 50 minutos, um projeto que tem atividade que é mais prática, fica difícil de realizar”.

Sobre o aprendizado dos alunos as orientadoras acreditam que a aprendizagem é mais do que absorção de conteúdo, pois a memorização é apenas uma de diversas operações de pensamento existentes. “O projeto que desenvolvemos auxilia na construção do conhecimento de forma coletiva, eles discutem, tem dúvidas e ativam o processo cognitivo pensante. Pensar é um exercício. Não é fácil. Eles estão nesse projeto utilizando as tecnologias (moodle e aplicativos para android) com o objetivo de fazer esse exercício do pensar com auxílio de ferramentas novas”.

O progresso dos alunos é constante. “Ao demonstrarem a cada encontro como conseguem acessar sua conta no moodle extensão sem auxílio nenhum, conseguem ler os roteiros de cada encontro no “sumário” existente no curso construído online, constroem respostas para cada tema nos fóruns de discussão online, acreditamos que eles evoluíram bastante”.

Em relação as dúvidas mais frequentes durante os encontros os alunos questionam o que é o moodle, o que é o SUS, o que é saúde e como o adolescente pode ajudar a mudar as condições de vida das pessoas. “A grande descoberta para eles é o SUS, todos pensam no SUS como um local ruim, só médicos, filas de esperas… um espaço. Quando conhecem a história e a importância do sistema de saúde que temos no Brasil ficam felizes e admirados. A diferença entre promoção de saúde e prevenção de doenças também sempre é levantada, pois, não são temáticas fáceis de compreender”.

Orientadoras:

Larissa Guerra Nammur

Samára dos Santos Sampaio

 

Alunos:

Amanda Carnovali Ribeiro

Bruna Franco dos Santos

Ellen Carolina de Paula Ferreira

Gabriel Isaias Silva de Faria

Gabrieli Vitória dos Santos de Oliveira

Gabrielle Lorena Messias

Lucas Bastos Fragioli Araújo

Nathan Luiz

Nicolly Daia Thomazelli

Schayd da Silva Moura

 

Texto por Larissa Guerra Nammur Samára dos Santos Sampaio

Revisão por Crislaine Messias

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