A ciência e os pesquisadores geralmente são lembrados em atividades e espaços relacionados à tubos de ensaio, jalecos brancos e experimentos que “comprovam” alguma hipótese, geralmente tendo como referência questões cotidianas como doenças e DNA. O campo de investigação da ciência, contudo, é muito amplo e inclui também as ciências históricas como a biologia evolutiva, tema da última palestra no Adote um Cientista “Como as tartarugas conseguiram seus cascos?”.

Antes de explicar a evolução dos cascos das tartarugas o pesquisador Gabriel Ferreira, doutorando da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP/USP) abordou a diferença entre as ciências experimentais e às ciências históricas, apresentando os conceitos atrelados a cada uma delas bem como seus objetivos. As ciências históricas investigam eventos históricos únicos, que não podem ser replicados para teste em laboratório e, por isso, utilizam de evidências que podem corroborar as hipóteses inicialmente estabelecidas. É como a investigação de um assassinato pela polícia, explicou Gabriel, não há como reproduzir o evento, mas existem evidências que nos contam a história do que aconteceu.

E o que esse tipo de estudo pode nos contar sobre as tartarugas e seus cascos, afinal?

Primeiramente é importante lembrar que não apenas as tartarugas apresentam carapaças, existem diversos outros animais como tatus que também têm estrutura aparentemente semelhante. No caso das tartarugas, ou quelônios como os cientistas chamam esse grupo, os cascos são formados pela fusão das costelas e vértebras. Mas como as vértebras e costela se modificaram ao longo do tempo e formaram um casco? Existem principalmente duas hipóteses, suportadas por evidências obtidas em diferentes campos da biologia como a paleontologia e a embriologia. Quer conhecer mais sobre elas ou entender como as tartarugas conseguiram seus cascos?

Texto: Caio M.C.A de Oliveira

Revisão Ricardo Marques Couto

Assista a palestra na íntegra no link abaixo: