Escola Paiva II: interação e proximidade com a Casa da Ciência

A proximidade e a receptividade da escola estadual Jardim Paiva II, em Ribeirão Preto, a 2 km da Casa da Ciência, possibilitou desenvolver diversos projetos com orientação da coordenadora da Casa da Ciência, Marisa Ramos Barbieri, em 2017. Foram feitas atividades de observação e realização de experiências no espaço e nas condições da escola por um grupo de alunos, e palestra sobre o tema saúde e atividade física.

Também foram produzidos materiais como jornal mural, painéis de tirinhas (histórias em quadrinhos) e caça-palavras, produzidos por Lívia Cunha Pacheco, secretária da Casa da Ciência, a partir da coleção do jornal Folha de S. Paulo.

“Com notícias de educação, saúde, ciência e artes, o objetivo foi despertar o interesse pela leitura, fazendo com que tenham apreço por se informarem e aprenderem assuntos novos”, afirmou Lívia.

As tirinhas estimulam a interpretação em diferentes níveis e não apenas textual. “Como também o senso crítico, proporcionando ao aluno diferentes olhares e opiniões sobre fatos cotidianos”, disse. “As palavras cruzadas ampliam o vocabulário dos alunos, despertam a lógica e cognição, mostrando verbetes nunca vistos, bem como o contexto de uso e aplicação dos mesmos”, explicou Lívia.

O material foi utilizado pelos professores e esteve disponível para demais atividades na sala de leitura.

 

Saltimbancos

 A proposta de trabalho diretamente com as escolas compõe o chamado “Saltimbancos”, atividades consideradas extraclasse das escolas.

“O programa tem o valor de antecipar aos jovens o contato com pequenos trabalhos científicos, cuja importância é inegável. Criar condições para observações na natureza que os cercam”, explica Marisa Barbieri.

Descobrir vocações, além de cobrir, de certa forma, a falta de aulas práticas nas escolas. Uma oportunidade de terem contato com instrumentos básicos da ciência, como medidas, desenhos, acompanhando o desenvolvimento de animais de pequeno porte, a importância da água e a germinação de sementes.

A Casa da Ciência, como um centro de ciências com orientação de especialistas, ao chegar nas escolas envolve o professor e sua equipe. “Considerando o tempo disponível de aula e o exigido pela experiência, este se assemelha ao da pesquisa. Seria em um tempo extraclasse, criando um espaço e desenvolvendo adesão afetiva dos alunos. Que podem se comunicar e contaminar os outros para criação da cultura científica”, conclui Marisa.

A equipe da Casa contou com apoio da coordenação e funcionários da escola, como Gisele de Moura (então diretora), Jorge Luis Gregório Costa (então vice-diretor), Nilce Eli Mendonça Pizza (coordenadora pedagógica), Adriana Altino de Almeida (professora sala de leitura) e outros professores.

Texto: Gabriella Zauith