O projeto “Interação do ambiente natural e social” foi acompanhado pela professora Daniela Defelippo que trouxe um grupo de alunos do ensino médio, num percurso de cerca de 2 km que faziam juntos a pé, semanalmente às quintas-feiras para as atividades do Adote um Cientista.

Os alunos do 1° ano, Cosma M. dos Santos, Natânia N. de Macedo e Yuri Leonardo D. Faim fizeram dois experimentos em maio de 2017. O objetivo foi a observação sistemática da germinação e crescimento das plantas e controle da água da chuva e da irrigação.

O primeiro experimento foi o plantio de rabanetes e pimenta na caixa de isopor com controle da iluminação, claro e escuro.

 

“Eu aprendi que uma planta não precisa estar à luz do sol e na terra para germinar, e sim apenas de água. Para crescer e se desenvolver, a planta não pode ficar no escuro e, geralmente, nem fora da terra. Porque a planta precisa de luz para produzir a fotossíntese, e da terra por causa dos nutrientes que ela contém. Cheguei a essa conclusão depois de ter feito os experimentos com o rabanete e a pimenta no algodão na caixa de isopor, colocados no claro (na luz do sol) e no escuro. As duas germinaram ao mesmo tempo e não teve diferença”, depoimento de Natânia, Jardim Paiva II, em 2017.

O segundo experimento foi o plantio de rabanete na horta da escola, com verificação de espaçamento, mapeamento do canteiro e crescimento das plantas. 

“Nós anotamos tudo, para ver a conclusão, olhar tudo direito. No começo nós tínhamos desenhado no caderno o canteiro, três sementes que colocamos em cada um dos buraquinhos. Toda semana medimos para ver quanto cresceu. Quem rega sou eu e outra menina todo dia. Quando está chovendo regamos devagar. Rabanete eu ainda não conhecia. Conhecia mandioca, macaxeira, batata, tomate, cenoura, milho, feijão. Meu pai era plantador. É diferente, porque eu nunca tinha plantado rabanete. Você sabe o que é hectare? Aqui fala hectare, lá onde nasci é tarefa”, depoimento de Cosma, Jardim Paiva II em 2017.

Caderno de campo

O processo foi documentado em cadernos de campo produzidos pelos alunos, com anotações sistemáticas das atividades, do tempo/clima, contendo textos, desenhos e gráficos, com objetivo de registrar o processo de aprendizagem. Além dos cadernos, o trabalho foi documentado em fotos. Ao final, foram produzidos dois pôsteres sobre as experiências, a partir da análise do caderno de campo por Marisa Barbieri, apresentados pelos autores no final do semestre para os alunos do 8° e 9° ano, e ensino médio na escola, com a ajuda de Tainara.

Texto: Gabriella Zauith

Entrevistas:  Gabriella Zauith e Flávia Fulukava do Prado, jan 2017