Assim como em todo estudo cientifico, o grupinho do Pequeno também se organizou em introdução, objetivo, hipótese, materiais e métodos, resultado e conclusão.

INTRODUÇÃO

Os principais conceitos teóricos abordados foram sobre sinalização celular e células-tronco. A sinalização celular se trata da comunicação realizada entre as células para que, em conjunto, realizem harmonicamente suas funções. Esse “bate-papo” celular ocorre através de elementos químicos. A teoria básica da comunicação celular se resume em: emissor, receptor, mensagem (ligante) e resposta. Dentre os tipos de sinalização, as quatro principais estudadas foram: parácrina (curta distância), autócrina (auto comunicação), endócrina (corrente sanguínea, hormônios) e sináptica (neurotransmissores). Aprofundamos em dois receptores como alvo: CD39 e CD73, pois, de acordo com a literatura em algumas células esses receptores agem em conjunto retirando os fosfatos do ATP, deixando a adenosina dispersa no meio extracelular sinalizando a inflamação. Como essa sinalização ocorre em células, também foi estudada as quais utilizaríamos neste estudo: as células tronco mesenquimais. Em geral as células tronco podem ser classificadas de acordo com seu potencial de diferenciação: Totipotentes (podem originar todas as células, inclusive as extraembrionárias), pluripotentes (podem originar todas as células, exceto as extraembrionárias, como a placenta) e as multipotentes (limitadas a originar células apenas do local que pertencem). As células que trabalhamos, as mesenquimais, são multipotentes (selecionadas a esse propósito visando diminuir a variabilidade, e por já terem o CD73), podendo originar: osteócitos (células ósseas maduras), adipócitos (armazenam gordura e regulam temperatura corporal) e candrócitos (presentes no tecido cartilaginoso).

OBJETIVO E HIPÓTESE

Verificar a presença do receptor CD39 nas células tronco mesenquimais sabendo que já havia o CD73, através da literatura, e se houver quantifica-los para observar se o CD39 é mais expressado quando exposto a inflamação induzida por solução IL-1β.
Havia duas hipóteses:

  1. A célula tronco mesenquimal possui o CD39
  2. A expressão de receptores CD39 aumentava em condição inflamatória
  3. Assim como em algumas células, as células tronco mesenquimais também atuariam na inflamação.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para quantificar o CD73 e possíveis CD39 foi utilizada citometria de fluxo. Para isso foi necessário anticorpos acoplados a proteínas fluorescentes (imunofluorescencia) que reconhecessem o CD73 (em uma cor) e CD39 (em outra cor) como antígenos. Tais proteínas emitiram luz no equipamento quando expostas ao comprimento de onda azul.
Definimos inicialmente o tamanho da célula por complexidade, através da incidência de luz (semelhante à um espectrofotômetro, mas não me lembro se era esse o equipamento) quanto mais luz atravessasse a célula menos obstáculos (organelas/compostos celulares) estavam impedindo a luz de atravessar, logo, menos complexa ela era e assim vice-versa.

RESULTADOS

Os dados coletados deram origem a três gráficos:

  1. Tamanho da célula por complexidade
  2. Quantificação de CD39 e CD73
  3. Quantificação de CD39 e CD73, em situação inflamatória.

No gráfico 2, a quantidade encontrada de CD39 foi bem pequena. Em contrapartida a quantidade encontrada no gráfico 3, após a indução inflamatória, aumentou bastante a expressão de CD39.

CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos, observamos que além de ter o CD39 a quantidade do mesmo aumenta em condição inflamatória. As duas hipóteses iniciais foram corroboradas. CD39 e CD73 atuam juntos na inflamação, onde a célula tronco mesenquimal age como um anti-inflamatório sinalizador; O ATP tem os fosfatos retirados pelos receptores CD39 e CD73 a adenosina fica no meio extracelular sinalizando a inflamação, célula produz cada vez mais CD39