Visita dos alunos ao Centro de Tecnologia e Informação de Ribeirão Preto (CeTIRP/USP)

A Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto valoriza a difusão e a divulgação científica, valorizando com destaque aos processos de aprendizagem e da construção do conhecimento na ciência. O site da Casa é, atualmente, um dos primeiros meios de divulgação dos programas, atividades e resultados obtidos ao longo do ano.
No dia 3 de setembro, os alunos do Adote tiveram a oportunidade de visitar o Centro de Tecnologia e Informação de Ribeirão Preto (CeTI-RP), responsável pela transmissão de informação e da rede de dados do campus da USP de Ribeirão Preto. A visita possibilitou que os alunos conhecessem de perto como a “magia da internet” permite, por exemplo, que sites (como o da Casa da Ciência) comuniquem informações para todos os lugares do planeta.

A visita teve início com as boas-vindas do Prof. Dr. Alexandre Martinez, livre-docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP) e diretor do CeTI-RP. Alexandre destacou a importância do Centro para o campus da USP de Ribeirão Preto, explicando que as atividades do CeTI-RP podem ser agrupadas em três grandes setores: a seção de Conectividade, a seção de InterNuvem e a seção de Sistemas.
Claudia Lencioni, assistente-técnico de direção do CeTI-RP, trouxe aos alunos algumas informações sobre o campus da USP de Ribeirão Preto, um dos campi que compõe a Universidade de São Paulo, cuja sede se localiza na capital do estado. O campus de Ribeirão Preto possui por volta de 240 alqueires de extensão, atendendo cerca de 14 mil alunos em diferentes modalidades, como graduação e pós-graduação. Administrar e organizar uma estrutura como essa é um trabalho desafiador, ainda mais quando o campus não é isolado, mas conectado a outras unidades e campi vinculados à Universidade.  “Só no nosso campus, temos cerca de 4000 ramais telefônicos – algumas cidades brasileiras não chegam a ter essa quantidade de telefones”, exemplificou Claudia, que explicou que a organização e a manutenção dos ramais telefônicos do campus são uma das responsabilidades da seção de Conectividade do CeTI-RP.
Criado em 1996, o Centro de Informática de Ribeirão Preto (CIRP) veio para substituir o Centro de Manutenção de Equipamentos de Informática, que era anexado à Prefeitura do Campus. Em 2013, o CIRP tornou-se DTI-RP, anexado à Vice-Reitoria Administrativa de Execução. Ao final de 2014, com a nova gestão da Reitoria da Universidade, foi criado o CeTI-RP, órgão executor da Superintendência de Tecnologia da Informação da Universidade de São Paulo (STI) em Ribeirão Preto.
O CeTIRP, hoje, além de suas três principais competências (Conectividade, InterNuvem e Sistemas), abarca diversas funções de cunho administrativo, técnico e de assistência.

A palavra foi passada, então, para Rubens Diniz e Adelino Conacci, ambos da seção técnica de Conectividade do CeTIRP. Eles explicaram que essa seção cuida da telefonia e das redes, estando envolvidos com a gestão dos quatro mil ramais e também da parte lógica e técnica da rede utilizada no campus, chamada de USPnet. Eles contaram que uma rede de interligação cabeada permite o acesso à internet em todo o campus; através de uma operadora, a rede se conecta à central, em São Paulo, que interliga os diversos campi e localidades envolvidos com a USP. Há também a saída da rede para o resto do mundo, permitindo a conectividade global.
Através de cabos é feita a conexão física, que possibilita toda essa estrutura lógica. Os cabos viajam através de tubulação subterrânea ou postes e permitem organizar os diversos pontos da rede. Só no campus, já existem mais de 300 quilômetros de fibras. Eles também contaram que uma rede especial atende a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, à qual estão vinculadas diversas unidades de saúde em toda a cidade, dentre elas o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, permitindo a comunicação direta entre essas unidades de saúde.

    Luiz Henrique Coletto, chefe da seção de Sistemas, contou aos alunos que a USP utiliza computadores há mais de meio século, e que muito mudou desde então. Explicou, por exemplo, que a programação das máquinas era feita através de cartões que eram perfurados de acordo com a programação específica. Hoje em dia, linguagens de programação vieram para facilitar o trabalho dos programadores. Luiz contou que atualmente a programação é feita em camadas, o que permite melhor organização e a possibilidade de vários programadores trabalharem ao mesmo tempo, com o estabelecimento de diferentes etapas que, em conjunto, formam um sistema.
A USP possui 26 sistemas, que possibilitam 283 procedimentos (procedures), que vão desde modificação de senha de usuário até compras. Esses sistemas possibilitam a integração dos vários campi da USP: “união é a palavra”, Luiz Henrique concluiu.

Clélia Cardoso explicou aos alunos sobre a InterNuvem, uma proposta que vem ganhando destaque no espaço digital. Este novo paradigma no campo da informática possibilita a realização de funções e o armazenamento de arquivos na rede, que poderão ser acessados em qualquer parte do mundo, desvinculando essas atividades da necessidade de uma mídia física.
Ela contou que existem dois tipos de configurações, a nuvem pública, como aquela disponibilizada por grandes empresas, como Microsoft, Google e Yahoo, e a nuvem privada, na qual a empresa detém o uso e a infraestrutura da nuvem, como é o caso da USP.
A cloudUSP, como é chamada, vem para atender as demandas administrativas e acadêmicas, já que somente em Ribeirão Preto, existem 10 unidades de pesquisa e, possuir uma plataforma unificada na nuvem, implica em economias, integração e proteção dos dados.

Alexandre Magno foi o último integrante da equipe a falar e trouxe outra atividade desenvolvida pelo CeTI-RP: a parte audiovisual. Ele explicou que uma das funções do Centro é fornecer condições para o ensino à distância, com a realização de videoconferências, gravações de vídeos em estúdio e edição de materiais para divulgação. Alexandre mostrou aos alunos os anfiteatros e alguns recursos tecnológicos utilizados. Simulou, ao vivo, uma videoconferência na qual alguns alunos do programa Adote um Cientista foram para outra sala e bateram um papo descontraído com os alunos que estavam no anfiteatro.

No todo, foi uma tarde que mostrou um pouco mais sobre os bastidores da comunicação aos alunos do Adote. Eles tiveram a chance de entender que, por trás de produções como vídeos e filmes, há toda uma equipe responsável por organizar a utilizar a tecnologia disponível, além de entender um pouco melhor como o “milagre da internet” é possível. Durante a fala de Rubens e Adelino, os alunos tiveram a chance de ver as fibras que conectam as redes dos continentes, mostrando a estrutura física por trás da rapidez, da transmissão e da conectividade da internet. Não um milagre, mas o fruto de décadas de pesquisas e do desenvolvimento de novas tecnologias.


Espaço dos alunos

A partir da análise das filipetas do encontro, a equipe da Casa da Ciência produziu este infográfico destacando as principais dúvidas manifestadas pelos alunos e os principais conceitos apontados ao fim do encontro. A finalidade deste instrumento é a avaliação dos momentos de aprendizagem do aluno e valorização da sua dúvida.


Texto

Autoria: Vinicius Anelli

Revisão: Profa. Dra. Marisa Barbieri e Fernando Trigo

Espaço dos alunos

Análise de filipetas: Luciana Silva

Infográfico: Vinicius Anelli

Diagramação

Vinicius Anelli