No último dia 11 de maio, o programa Adote um Cientista trouxe para os estudantes o tema “Ação exercida pelas metaloproteinases de matriz (MMPs) na hipertensão arterial e no remodelamento vascular”, com a palestrante Michele Mazzaron de Castro do Laboratório de Farmacologia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

O coração é o principal responsável por bombear o sangue para as artérias, e as artérias cabe conduzir o sangue até os outros órgãos suprindo-os com nutrientes e oxigênio. Durante a circulação sanguínea os pulmões oxigenam o sangue e o devolve para os órgãos, um papel importante para oxigenação dos tecidos do corpo.

Você sabia que a fórmula da pressão arterial é Débito Cardíaco x Pressão Vascular Periférica?

Débito Cardíaco é o trabalho que o coração faz pra bombear o sangue para as artérias e a resistência vascular periférica é a resistência que os vasos sanguíneos fazem a esse fluxo. Então o débito cardíaco vezes a resistência é a medida utilizada para controlar a pressão arterial.

O que faz um paciente ser considerado hipertenso? Segundo os especialistas um paciente é classificado como hipertenso quando tem a pressão mais elevada do que a considerada normal, frequentemente consequência de alguma alteração no trabalho do coração ou das próprias artérias.

Você sabe qual o papel da diástole e sístole no transporte do sangue?

E quais são as causas da hipertensão? Por que uma pessoa de repente vira hipertenso? A palestrante explicou que podem ser fatores como: hereditariedade, estresse, má alimentação, obesidade, excesso de sal, além da idade.

Porque será que a hipertensão mata? Afinal, do que o paciente morre?

Quando há um aumento muito grande da pressão, as artérias se reestruturam para “suportar” o aumento de pressão. Quando ocorre a reestruturação, como consequência pode acontecer um Acidente vascular cerebral (51% mortes); Infarto miocárdio (45% mortes), entre outros.

Neste ponto entra o estudo da pesquisadora, que define Remodelamento arterial como uma resposta adaptativa do organismo para tentar controlar o aumento da pressão arterial, normalizando uma tensão que é gerada na parede da artéria.

Mas para compreender melhor o trabalho da palestrante, primeiro é preciso saber: o que é uma metaloproteinases matriz extracelular? Metalopreteinases matriz extracelular conhecida como MMPs consistem em um conjunto de enzimas que tem a habilidade de degradar vários componentes da matriz extracelular. Elas estão envolvidas em vários processos fisiológicos como o desenvolvimento embrionário, ovulação e remodelação da matriz extracelular. Por outro lado, as MMPs também presentes em casos patológicos como tumorigênese, metástase e artrite reumatoide.

No intuito de esclarecer um pouco o estudo desenvolvido por seu grupo de pesquisa, a pesquisadora levantou algumas questões:

-O que é Remodelamento Hipertrófico? E quais suas características?

-O que é a Matriz extracelular? E qual é o vilão é responsável por sua degradação?

-Você sabia que existe um grupo de enzimas que pode provocar o desenvolvimento da pressão arterial no indivíduo?

-Você sabia que o estudo sobre a metamorfose do girino ajudou os cientistas a descobrirem as MMPs?

-Você sabia que atualmente existem 25 modelos de MMPs? Então por que será que o foco do laboratório de atuação da pesquisadora estuda especificamente a MMP2? Qual a importância da MMP2? Como essa proteína é produzida?

A partir dessas respostas, o objetivo da linha de pesquisa da cientista Michele Mazzaron é saber o que a MMP2 faz, ou como é que ela participa das variações vasculares morfofuncionais da hipertensão.

Quer descobrir o quanto esse objetivo já foi alcançado? Então vale a pena conferir, na íntegra, o vídeo sobre esse tema que preocupa e acarreta cada vez mais a população mundial.

Texto por: Crislaine Messias

Revisão por: Caio Cruz

 

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