Antes da suspensão das atividades, alunos da Casa da Ciência foram orientados e tiraram dúvidas sobre a COVID-19

Seguindo as recomendações de especialistas do mundo todo, a Casa da Ciência também suspendeu suas atividades presenciais, desde o dia 19 de março, devido a pandemia da doença COVID-19 causada pelo vírus Sars-Cov-2. Mas os alunos que frequentaram o início das atividades do Adote um Cientista de 2020 ainda tiveram tempo para desfrutar do espaço de um centro de pesquisa de ponta, o Hemocentro de Ribeirão Preto, para serem orientados e tirarem dúvidas sobre a situação sem precedentes que estamos vivendo.

Nos dois encontros ocorridos no início de março, o biólogo Vinicius Godoi da equipe da Casa da Ciência destinou parte do horário das atividades para abordar a questão, visto que a situação começava a preocupar o Brasil. “O objetivo dessa fala é informá-los sobre a doença COVID-19, e falar sobre o pânico causado nessas situações, trazendo informações científicas e para que vocês identifiquem as várias fake news que estão circulando nas redes sociais”, disse Vinícius. As apresentações também serviram para mostrar como interpretar dados e gráficos que têm sido divulgados na mídia, como taxas de contágio e mortalidade, curva de contaminação e mapas de áreas atingidas.

Desde a segunda quinzena de março, o que era prevenção ou preocupação se tornou realidade. Hoje os brasileiros já precisaram mudar suas vidas, hábitos e atitudes, pois estão sendo massivamente informados e orientados por especialistas que ganharam espaço nas mídias tradicionais devido à urgência do assunto. Muitas das dúvidas que nossos adolescentes e jovens tiveram são as mesmas que estão sendo respondidas atualmente na televisão, ou cujas respostas ainda cabem às pesquisas em realização no mundo todo. Curiosidade científica é assim, perguntas ruins não existem e aqui apresentamos algumas delas, momentos de interação entre pesquisadores e alunos, perguntas e respostas, que interessam a todos nós.

R: Depende, pois se depois você entra em contato com alguma superfície ou objeto, ou tosse na mão em seguida, o efeito acaba.

R: O clima mais frio facilita transmissão, ou seja, durante o verão no Brasil seria menos propício. Por outro lado, no calor que faz aqui a gente se aglomera no ar condicionado.

R: Nenhum país teria condições de atendimento para tanto, algo gigante como o previsto, nem mesmo EUA ou países da Europa que consideramos os “bam-bam-bams”, por isso a importância de protocolos de preservação, como evitar ir ao hospital por qualquer motivo e ir apenas em casos graves, que demandem auxílio especializado.

R: Pode ter uma vacina desenvolvida em algum tempo, mas existe toda uma etapa de testes que devem ser feitos, e que pode levar mais de um ano até estar no mercado de fato. Mas sim, existem varios grupos de pesquisa, inclusive no Brasil, tentando desenvolver formas de tratamento ou prevenção contra o coronavírus.

R: Ainda se está estudando essa questão por ser algo muito novo para todos, até agora não foram reportadas sequelas graves ou permanentes.

Autor: Caio M.C.A. de Oliveira

Revisão: Giovana Alves Faria