O que acontece na Casa, começa e “termina” na escola

Todas as escolas têm um currículo que abrange muito mais do que a aula, a qual pode ser melhor ou pior, dependendo da interação que tem com atividades extraclasses, incluindo e além das “tarefas para casa”.

Em Ciências, assim como em Artes, o espaço estendido das aulas é essencial na construção das chamadas culturas científica e humanista, que devem caracterizar as escolas; espaço que é tão mais eficiente quanto melhor for planejado, avaliado, analisado e divulgado; saber o que se está fazendo é tão ou mais importante que fazê-lo.

A pouca memória do muito que já se fez em escolas, incluindo as boas aulas de professores lembrados pelos alunos – principais resultados – deixa um vazio na história e um sentimento de recomeço misturado com o de plagio nos que se atrevem a fazer como se fossem pioneiros.

Nestes 15 anos, a Casa da Ciência, ligada ao Hemocentro de Ribeirão Preto, desenvolveu suas atividades com pesquisadores e docentes que convivem no campus da USP em Ribeirão Preto. Os programas da Casa, seguindo orientações de projetos de pesquisa, aos quais está associada, são submetidos às apreciações de avaliadores, através de relatórios periódicos.

Inserida neste processo e junto com pesquisadores, especialmente os pós-graduandos, a Casa, de forma gradual, avançou na divulgação de resultados, prática que passou a fazer parte de sua rotina. O desejo de participar da difusão tem contaminado os participantes, inclusive os alunos de escolas básicas, que além de comentar e apresentar o que aprendem, têm elaborado textos.

Através, principalmente, de seu site, a Casa vem construindo sua memória, permitindo que outros possam “copiá-la” e encurtando o caminho dos que se propõem a alcançar os mesmos resultados que o projeto tem alcançado – o que a coloca não como um espaço que substitui a escola, mas sim como um complemento, contribuindo na construção das culturas científica e humanística.

 

texto por Marisa Barbieri

edição por Vinicius Anelli