O grupo Zygentoma, conhecido como traça, é um apyterigota, pois não tem asa, é um inseto corredor.
Alunos: “De onde a traça surge?”.
Rafael: “As traças são de um grupo de inseto mais basal, então ela está na sua casa, no seu quintal e então ela acha um lugar propicio para se reproduzir, ela procura um lugar escuro, sem muita gente mexendo e ela se alimenta de celulose. Então se você tem roupa e papel é o lugar perfeito para ela se reproduzir”.
Aluno: “Uma vez eu vi uma traça que tinha um negócio que saía”.
Rafael: “Ficava na parede?”.
Aluno: “É”.
Rafael: “Muita gente fala que é traça, mas aquilo não é traça. Isso fica na parede, tem um casulinho e uma larvinha branca. Na verdade aquilo é uma micro mariposa”. 
 
 
Ephemeroptera

O Ephemeroptera está no grupo dos paleoptera – aqueles que não dobram as asas sobre o corpo, e é holometábula, pois tem o desenvolvimento completo: do ovo sai a larva, que se transforma em ninfa e depois no animal adulto. 
  
 
Odonata (Libélula)

É um grupo próximo dos Ephemeroptera e também é paleoptera.  As libélulas têm como características o olho composto, tórax pequeno e abdômen fino e longo. A diferença entre a fêmea e o macho está nos olhos, o macho tem os olhos separados e a fêmea tem os olhos juntos. Em piscinas e lagos, a libélula fêmea mergulha o abdômen para colocar os ovos na água, por isso o nome popular da libélula é bate-bunda. 
 
  
Plecoptera

O Plecoptera lembra um pouco a Ephemeroptera, mas ele consegue dobrar a asa sobre o corpo. Ele possui antenas longas, o corpo é mole e achatado, tem um par de cercos (apêndices abdominais que auxiliam na percepção de vibrações no ambiente). É muito comum perto de riacho.
  
 
Embioptera

É um grupo raro e difícil de ser observado, vive em teias sob a casca da árvore. Possui pernas curtas e fortes, têm o fêmur posterior alargado e as fêmeas possuem asas. 
 
  
Zoraptera

É um grupo também muito raro, se parece a um cupim, vive em madeira podre na mata e pode ou não ter asas.
Aluno: “É verdade que quando a aleluia perde a asa vira cupim?”.
Rafael: “É verdade, a aleluia é uma forma de cupim. Aquela forma com asas é a que está pronta para se reproduzir. Então o cupim vive lá no cupinzeiro e quando chega ao estágio adulto ganha asas, sai, voa e se reproduz, então perde as asas e morre”.
 
 
Phasmatodea 

É mais conhecido como bicho-pau, tem o corpo alongado e é famoso por mimetizar (disfarçar-se) um pau, por isso é muito difícil de vê-lo. É comumente encontrado em folhas de goiabeira e pitangueira. 
Rafael: “Ele está tão adaptado a imitar um pau que se você chegar perto e dá uma soprada, ele começa a balanças as asas como se fosse um galho balançando, isso é para tentar te enganar, é uma forma de mimetismo, é como ele se defende dos predadores”.
  
Orthoptera

É um grupo muito comum, os orthoperas são conhecidos popularmente como grilos, gafanhotos e esperança. O gafanhoto normalmente é marrom e amarelado, e tem a antena mais comprida. A esperança é verde e parece uma folha se olhada de lado, pois sua asa lembra uma folha. O grilo é preto, tem a antena curta e no final do abdômen possui dois cercos compridos. Ele faz aquele barulho “cri, cri, cri”, que o grilo produz esfregando a asa distendida contra suas pernas, que são serrilhadas. Esse movimento faz o barulho típico do inseto. Como seu corpo atua como uma caixa acústica, o barulho é forte e penetrante.
Existe outro orthoptera pouco conhecido chamado de paquinha. Ele não tem asas e geralmente vivem enterrados em lugares úmidos, próximo a lagos e riachos.
 
 
Mantodea

Também conhecido como louva-deus, tem as pernas anteriores reptórias (dobradas). O primeiro par de pernas é dobrado para frente e se parece com uma garra de crustáceo. Possui coxa, fêmur e tíbia anteriores com fortes espinhos.
 
Rafael: “Porque o louva-deus faz essa posição?”.
Alunos: “Para rezar”.
Rafael: “Por isso o nome dele, louva-deus. Mas é justamente o contrário, quando parece que ele vai rezar, ele está fazendo isso para atacar uma presa. Ele fica assim para pular e agarrar a presa para matá-la”.
Alunos: “É verdade que o louva-deus ataca bichos maiores que ele?”.
Rafael: “Sim, até duas ou três vezes o tamanho do corpo dele”.
Alunos: “Eu vi na TV que ele ataca até rato”
Rafael: “Pode ser. Tem louva-deus gigante e eles conseguem comer bichos muito maiores que eles”.
Alunos: “Ele usa veneno para matar a presa?”.
Rafael: “Não. A perna anterior dele corta, então ele machuca a presa até matar”.
 
Blattaria (barata)

Outra ordem das famosas baratas. A barata tem a cabeça escondida sob o final do tórax, as antenas longas e finas. Existe a barata comum, que é marrom e podemos encontrar em casa, e tem a barata do mato, que é mais transparente. 
 
 
 Isoptera (cupim)

Os cupins possuem o corpo mole e antenas simples. É a primeira ordem que começa a apresentar sociabilidade, ou seja, os indivíduos são sociais e apresentam divisões de grupos com organização e divisão de tarefas. 
 
  
Dermaptera (tesourinha)

Têm o final do abdômen grande e em formato de pinça, que são utilizadas para cortar. Ela se alimenta de celulose, por isso corta folha e também pode cortar roupas. 
 
Aluno: “Ela usa essa tesoura como ataque?”.
Rafael: “Sim, é muito comum ter briga de machos pela fêmea. Eles brigam, muitas vezes até a morte, o macho que ganhar vai copular com a fêmea. Para defesa de predadores também, se ela está sendo atacada vai tentar se defender, então tenta cortar o oponente”. 
 
Psocoptera    

É comumente encontrado em biblioteca e em mata. Pode ter asas longas ou não possuírem nenhuma, não tem cercos e as antenas são longas.
 
 
  
Thysanoptera

Este grupo vive em flor colorida e é minúsculo. Eles são predadores e atacam todos juntos, por exemplo, uma abelha que tenta polinizar uma flor. Possuem o corpo estreito, com quatro asas ou nenhuma, a antena tem de 4 a 10 segmentos e, aqueles que possuem, têm as asas franjadas.
 
  
Hemiptera

São divididos em dois grupos: os homópteras, que tem as asas iguais (cigarras), e os heteroptera, conhecidos também como hemíptera, que são os percevejos e barbeiros. 
  
 
Megaloptera

É um grupo raro, a larva é aquática e o adulto é alado (tem asas) e voa. Possui asas bem maiores que o corpo, mandíbulas grandes e apêndices caudais em ganchos.
 
  
 
Neuroptera

Pode ser visto a noite na luz e tem a asa toda quadriculada. Tem ocelo ausente, antena longa e filiforme, são pardacentos ou esverdeados.
 
 
  
Strepsiptera

São insetos pequenos e apresenta diferença entre macho e fêmea. As fêmeas vivem dentro de outros insetos como parasitas e o macho tem asas e se alimenta de flores.
 
 
 
 
Coleoptera (Besouros)

 Têm a asa anterior coriácea (duro como couro) denominada élitro e as asas posteriores são membranosas e mais longas que as anteriores. Possuem peças bucais mastigadores.
 
 
  
Mecoptera

Têm o corpo estreito, cabeça alongada numa espécie de rostro, onde as peças bucais mastigadoras alongam-se ventralmente. Possui dois pares de asas longas e estreitas. 
 
  
 
Siphonaptera (Pulgas)

Estes não possuem asas, têm o corpo achatado, com muitos espinhos e cerdas longas. São insetos saltadores e têm antenas são curtas
 
  
 
 
Diptera (moscas, mosquitos e pernilongos)

Possuem um par de asas, em que as posteriores são modificadas em estruturas denominadas halteres ou balancins. As peças bucais são do tipo sugador, absorventes ou lambedor.
  
 
 
Lepidoptera (borboletas e mariposas)

 Têm dois pares de asas com muitas escamas e aparelho bucal do tipo sugador.
 
 
  
 
Trichoptera

Possuem dois pares de asas membranosas cobertas de cerdas e aparelho bucal do tipo mastigador com palpos bem desenvolvidos. Palpos são peças bucais dos invertebrados que tem função basicamente sensorial.
 
  
 
Hymenoptera (vespas, abelhas e formigas)

Estes têm dois pares de asas e venação (disposição das veias e nervuras) reduzida. As asas posteriores são menores e alguns apresentam ferrão. Possuem ovipositor bem desenvolvido.  Ovipositor é um órgão usado pelos artrópodes para depositar os ovos
 
 
 
 
 
Colaboração: Rafael Moretto. 
 
Este texto tem como objetivo reportar a interação entre alunos e pesquisador e os conceitos tratados durante os encontros do programa “Adote um Cientista”.