SOS Férias ao Mar: os impactos negativos do homem nos ambientes marinhos

       A programação do 14º Férias com Ciência: SOS Férias ao Mar aconteceu na última semana de julho, orientados por biólogos da Casa da Ciência, e acompanhados do biólogo marinho Daniel Cavallari. Em três dias de atividades, os 46 alunos inscritos conheceram a Exposição Ambiente Marinho, realizaram experimentos, fizeram leitura e discussão de notícias e observação com microscópio (Clique aqui).  Também participaram de um jogo sobre a diversidade de animais marinhos e uma atividade com formas de conchas e moluscos (Clique aqui). Veja a seguir como foram as atividades da programação.

Animais marinhos e poluição

       No primeiro dia, os alunos visitaram a Exposição Ambiente Marinho sobre biodiversidade e complexidade das relações ecológicas dos oceanos e o impacto negativo da poluição, no MuLEC (Museu e Laboratório de Ensino de Ciências).

       Na exposição puderam ver parte do acervo com diferentes espécies de animais preservados. “Aprendemos um pouco mais do ambiente marinho, com fotos de tipos de corais e recifes, e um painel com a profundidade do mar. Gostamos de ver os animais conservados em formol, como polvo, molusco, lula, baiacu. Não sabia que o baiacu incha para não ser comido por predadores”, disseram Livia do Carmo, 13 anos, e Jessica Cabral, 13 anos, de Ribeirão Preto.

     O impacto humano no ambiente marinho, principalmente a poluição por plástico, tem sido alvo de campanhas para substituição de canudinhos de plásticos por materiais sustentáveis. Para compreenderem essa problemática, os alunos fizeram uma coleta de lixo ao redor do Museu, separando os materiais como vidro, plástico e papel.  

“Eu era uma dessas pessoas que jogava papel na rua e não me importava. E hoje com a exposição deu um peso na consciência. É um negócio complicado de jogar lixo, que lá pra frente vai afetar a natureza de forma imensurável”, disse Pedro Sampaio, 15 anos, de Ribeirão Preto.

Mudanças climáticas

       A partir da discussão presente entre pesquisadores e na mídia sobre o aquecimento global e suas consequências, os alunos fizeram um experimento para recriar o ambiente de derretimento das geleiras, utilizando potes com pedras, gelo e água, orientados pela estudante de biologia, Bárbara Benati (veja como fazer no Adote uma Experiência). A discussão girou em torno da diferença do derretimento do gelo nos oceanos e continentes. “Achei incrível a forma com que fizeram os experimentos das geleiras. Uma forma muito lúdica, e os jovens puderam ver os conceitos de forma prática”, afirmou Ingrid do Carmo, 20 anos, estudante de Pedagogia.

       As consequências do derretimento de geleiras podem ir muito além da elevação do nível do mar. “Inclui alteração nos regimes de correntes oceânicas e precipitação em diversas áreas, mudança de salinidade do mar, e incontáveis consequências em cascata para cada uma dessas”, explica o biólogo Caio M. C. A. de Oliveira.

       Desenvolver um olhar científico sobre os mares e oceanos auxilia para compreensão de sua importância, trazendo a responsabilidade para garantir sua conservação. “Algumas algas produzem substâncias químicas que são usadas em medicamentos que podem ajudar o ser humano.  E devido ao forte impacto da poluição nos mares, restos de lixo podem destruí-las”, afirmaram Jeferry Marcari, 13 anos Ryan Santos, 13 anos e Gabriel Macedo, 13 anos, de Pradópolis.

Veja as atividades dos dias seguintes  (Dia 02 e Dia 03)

Texto: Gabriella Zauith e Caio M.C.A. de Oliveira