Tudo junto e misturado: unidade na diversidade de Metazoa

Metazoa? Que palavra difícil! Mas pode ficar tranquilo porque ela é só outro nome estranho para o grupo de seres vivos eucariotos e pluricelulares que nós conhecemos tão bem: os animais.

Você já ouviu falar em registro fóssil? Ou então em embriologia comparada? Esses e muitos outros estudos são bem diferentes entre si, mas há uma semelhança importantíssima para muitas áreas das ciências naturais: ambos geram evidências da existência de seres intermediários entre os organismos viventes hoje. Espera aí que o professor Dalton de Souza Amorim vai explicar de uma forma mais fácil.

“Vocês conhecem muita zoologia? […] Se zoologia é o estudo dos animais, se a gente conhece animais a gente sabe zoologia. Claro que a gente pode saber mais zoologia, mas não quer dizer que vocês já não saibam”. Assim começou a conversa no Adote um Cientista do dia 13 de abril de 2017, de maneira a evidenciar que, apesar de não sabermos os nomes em latim das várias espécies ou grupos de animais, nós sabemos muito sobre eles, afinal fazem parte do nosso dia a dia. Desta forma, a evolução implícita na diversidade (variedade) dos animais que vemos hoje também está presente no nosso cotidiano.

Quando usamos a palavra macacos nos referimos a um grupo que contém tanto espécies isoladas quanto outros grupos com mais espécies. Por exemplo, ao falamos em Orangotango ou em Chimpanzé estamos nos referindo a grupos, chamados gêneros, que tem mais de uma espécie, porém quando falamos do Macaco Prego do Peito Amarelo ou do Mico Leão Dourado estamos falando de espécies. Mas dentro da zoologia esta distinção é mais complexa do que apenas dar nomes e utilizá-los, o que precisamos ter em mente é que, se falarmos que mais de um organismo compõe um grupo, estes provavelmente têm muitas ou significantes características em comum, dando-nos a chance de agrupá-los. Da mesma forma quando agrupamos as árvores, sabendo que neste grupo existem diversas espécies, podemos ter a certeza que todos os membros são plantas de grande porte, com caule lenhoso e etc., têm características em comum que as colocam no grupo árvore.

Portanto, podemos julgar grupos e organismos mais próximos ou mais distantes uns dos outros de acordo com a quantidade de características acumuladas entre si, ou da importância de tais semelhanças também acumuladas. Logo, é certo dizer que nós, seres humanos, somos pertencentes ao mesmo grupo, e por isso, próximos, das esponjas em questões de pluricelularidade (vários tipos de células), mas somos de um grupo distante à eles quando falamos em presença de vértebras. Desta forma conseguimos enxergar a ordem implícita na natureza, tudo o que fazemos é dar alguns nomes para relações que já existem.

Quer entender mais? O Professor Dalton explica tudo com vários desenhos super legais, vale a pena dar uma espiada!

Texto de Bárbara Benati

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