Os alunos do programa Pequeno Cientista tiveram a chance de escrever sobre seus grupos e o tema de suas pesquisas.
Alguns dos melhores textos foram selecionados e já estão disponíveis para consulta.
“Dinossauros como modelo para o entendimento da evolução”
Texto do Aluno: Luan Augusto Bertoloti
Aluno do 9º ano
“Quando pensamos em dinossauros, pensamos em milhões de anos atrás, quando tinha “lagartos gigantes” para todo lado, certo? Mas como surgiram os dinossauros?
Essa foi a pergunta estudada no nosso grupo, e estou aqui para responder essa pergunta. Imagine três pássaros da mesma espécie, mas com bicos diferentes; com essas diferenças esses animais teriam dificuldades no momento de capturar o alimento, e isso levou algumas espécies a extinção. Após a reprodução, o filhote pode nascer com uma pequena modificação no bico que pode melhorar o desempenho na captura de alimento, e isso vai acontecendo nas gerações seguintes, mas isso não acontece de uma hora para a outra, leva cerca de milhares de anos e isso é evolução. Claro que essa é uma hipótese, pois não estávamos lá para observarmos como isso realmente aconteceu.
Com base nesta ideia, nosso grupo realizou um experimento sobre a evolução do bico das aves. As ferramentas utilizadas para representação do bico das aves foram alicate, pinça e prendedor de roupa. Utilizamos milho, arroz, macarrão e papel para representar o alimento.
Tivemos cerca de dez minutos para utilizar as ferramentas para capturar os alimentos e observar qual foi o que melhor conseguiu capturar alimento.
A ferramenta que teve melhor desempenho foi a pinça, o alicate capturou uma quantidade mínima e o prendedor de roupa, nenhum. Então podemos dizer que o prendedor teve o pior desempenho por conta do formato do bico, suponhamos que essa espécie foi extinta, pois não conseguia se alimentar. Já o alicate teve um pouco de sorte, pois mesmo com dificuldade conseguiu capturar e a pinça foi a que teve o melhor desempenho, com isso sua espécie perpetuou. Mas será que a espécie representada pelo alicate foi extinta? Podemos dizer que não, pois ocorre a evolução, como citado antes, e surgem outras variações na espécie.
O grupo não teve dificuldade para realizar esta tarefa. Agora sabemos como surgiu essa variedade de espécies no mundo. Tanto os animais terrestres e aquáticos, eles sofreram modificações para se adaptar melhor no seu habitat. O meio ambiente influencia na evolução; por exemplo, uma ilha com muita vento seria apropriada para um pássaro com asas grandes, já uma ilha com pouco vento e predadores seria mais apropriada para um pássaro pequeno, por ser mais rápido para se esquivar de predadores.
Neste 2º semestre aprendemos e conhecemos outros temas importantes. Os temas discutidos foram bem aprofundados e assim obtive melhor conhecimento de assuntos importantes e a importância de sempre estar perguntando o “por quê”; por exemplo, como isto ocorreu, porque ocorreu, etc.
Este projeto foi um ponto marcante em minha vida, porque os assuntos são do meu interesse e pretendo estar participando de outros projetos como esse.”
Texto da Aluna: Vanessa Aparecida da Silva
Aluna do 9º ano
“No meu grupinho aprendemos sobre DNA e RNA. O DNA se encontra no núcleo das células e a sequência de DNA forma um cromossomo. Cromossomo é uma longa sequência de DNA que contém vários genes e outras sequências de nucleotídeos com funções específicas nas células dos seres vivos; no ser humano, possuímos 46 cromossomos (23 pares).
O genoma é toda informação hereditária de um organismos que está codificada no DNA na forma de códigos ou sequências de bases nitrogenadas que dão origem aos genes.
O RNA é formado pelos ácidos ribonucleicos. O processo de produção de uma molécula de RNA a partir de uma molécula de DNA é chamado de transcrição.
A produção de proteínas é feita pela tradução do RNA no citoplasma da célula com o auxílio dos ribossomos.
Eu achei o assunto do meu grupo um pouco complexo, e consegui aprender mais nas aulas práticas do que nas teóricas.
Por conta de ter tido um pouco de dificuldade para me aprofundar no assunto do grupo, eu passei a pesquisas coisas sobre RNA, DNA, tradução e transcrição, coisas que eu não consegui entender muito bem no grupinho.”
Texto da Aluna: Maria Eduarda C. Jurado
Aluna do 9º ano
“Células com morfologia (estado da forma, da aparência externa da matéria) igual pode ser diferentes? Sim, pois nem tudo é como parece, como já diz o tema: “As aparências enganam”. As células podem parecer iguais, mas quando vamos mais a fundo podemos ver suas diferenças. Por exemplo, elas podem ter expressões diferentes com determinados genes (unidade fundamental da hereditariedade).
DNA – fica no núcleo, sua função é toda realizada lá. O DNA serve de fita molde para a produção de um RNA, o DNA é formado por uma fite de dupla hélice, que é composta por bases nitrogenadas (adenina, citosina, timina e guanina), essas bases nitrogenadas se unem através de pontes de hidrogênio que formam a dupla hélice.
RNA – é formado no núcleo, assim que ele fica pronta ele vai para o citoplasma. Ele é constituído por uma fita simples e suas bases nitrogenadas são adenina, guanina, uracila e citosina, pois troca-se a timina pela uracila; o RNA é transcrito em proteína e esse processo ocorre no citoplasma.
Nas aulas práticas nós observamos algumas células de mamíferos, conhecemos os aparelhos que ficam no laboratório e para que cada um serve. Depois pegamos três amostrar de RNA, transformamos elas em DNA novamente (transcrição reversa) e também vimos como as amostras reagiram ao colarmos certos agentes nelas.
Eu senti muita dificuldade no começo, afinal o tema é bem complexo e eu estou no 9º ano e nunca tinha visto essa matéria, eu sabia muito superficialmente. Eu explico tudo o que eu aprendo a todas as pessoas que eu tenho oportunidade. O projeto me ensinou muito!
Inclusive a sempre querer buscar mais conhecimento.”
“O que são e quais as peculiaridades acerca das fissuras labiopalatinas”
Texto da Aluna: Gabriela Mansur Mesquita
Aluna do 9º ano
“Fissura labiopalatinas são malformações craniofaciais resultantes de alterações ocorridas durante o desenvolvimento embrionário, da 4ª a 12ª semana. É uma das mais comuns nos seres humanos, com média nacional de 1:650 nascidos vivos. Pode ser causada por fatores genéticos e ambientais, como o uso de drogas. Os indivíduos podem ter fissura no lábio e/ou palato.
A Sequência de Robin é uma tríade de anomalias caracterizada por micrognatia (hipodesenvolvimento mandibular) e glossoptose (deslocamento posterior da língua, que causa obstrução da faringe) com fissura do palato (céu da boca) em 90% dos casos.
Indivíduos com fissura têm alterações dentárias e fonoaudiólogas (têm hipernasalidade, ou seja, são fanhos). O tratamento deve ser feito de forma interdisciplinar, que vai desde o cirurgião dentista ao fonoaudiólogo. Há três cirurgias que podem ser feitas: a queiloplastia, que é uma cirurgia primária e feita com três meses de idade, já que é apenas uma correção do lábio; a cirurgia do enxerto alveolar, em que é usada uma proteína (RhMP-2) ou fragmentos de um osso da bacia para o reparo do rebordo alveolar; e a palatoplastia, feita com um ano de idade, para a correção do palato.
Os malformados apresentam má higiene bucal, especialmente na área da fissura, com altos índices de cárie, pois os pais têm receio de manipular a cavidade bucal dessas crianças. Além disso, o estado de saúde periodontal (gengiva) é bastante agravada. Nesses casos, a higiene bucal é imprescindível para que as cirurgias sejam feitas para tratar qualquer tipo de infecção.
No meu grupo, cada um ficou com uma parte. A minha foi a relação da microbiota e a fissura labiopalatina – uma das funções da microbiota consiste na proteção contra a colonização por microrganismos potencialmente patogênicos no trato gastrointestinal. Há vários fatores que contribuem com as modificações na microbiota, que, por sua vez, afeta o sistema imunológico de cada indivíduo; dentre eles está se o parto foi normal ou cirúrgico, hospitalização, etnia, uso de mamadeiras, uso de antibióticos e genótipo.
Durante o tratamento odontológicos não é aconselhável o uso de antibióticos. Sua administração pode promover o desenvolvimento de microrganismos com agentes patogênicos na microbiota.
No projeto, fizemos um questionários para avaliar o conhecimento que as pessoas têm sobre esse assunto, fizemos com oitavo e nono anos do ensino fundamental. As médias foram relativamente baixas, pois esse assunto não é abordado nas escolas. Porém, a média do nono ano foi maior que a do oitavo, pelo fato dos alunos serem mais velhos e terem maior experiência escolar.
Meu aprendizado nesse grupo foi bem interessante. Eu o escolhi, pois não é um assunto muito conhecido e pelo fato de que eu tenho um tipo raro dessa anomalia, quase que imperceptível, assim pude conhecer mais sobre o assunto e o quão raro é o meu caso.
Infelizmente, não tivemos nenhuma aula prática, mas foi muito bom participar do grupo.”
Texto do Aluno: Victor Hugo
Aluno do 9º ano
“No nosso grupo, desde o começo, trabalhamos bastante e estudamos bastante. Dentre os muitos assuntos que estudamos, estão as folhas, as flores, as raízes, os caules e as sementes.
Durante os encontros, conversamos muito, o que foi bem legal; falamos sobre vários assuntos, mas o que foi mais bacana foi que no primeiro dia recebemos um pacote com sementes que plantaríamos no encontro seguinte, sem saber a espécie da planta, para que no final pudéssemos identificá-las.
Desde que comecei a participar do grupo, tive mais interesse por plantas e flores; sempre que vejo uma, quer logo pegá-la para poder identifica-la, o que nem sempre é fácil devido à complexidade delas.
Uma coisa que foi bem legal trabalhar foram as partes das flores, que são as pétalas (parte geralmente colorida da flor), as sépalas (que é a parte que segura as pétalas juntas), o estigma (que é a parte feminina da flor, fica “dentro” da flor e geralmente é mais alta que os estames), os estames (é a parte masculina da flor, geralmente mais baixa que o estigma, e é onde se encontra o grão de pólen, que é o gameta masculino). Os polinizadores “entram” na flor para pegar o grão de pólen e já depositar no estigma outros grãos de pólen de outras flores, fazendo com que elas se reproduzam.
No geral nosso grupo foi muito bom. Aprendemos muito, vimos muitas coisas diferentes que nunca imaginávamos, como as brácteas – quando a flor é muito pequena, ela consegue colorir suas folhas em volta para que possa chamar a atenção dos polinizadores, para serem fecundadas. Ou seja, nem sempre a parte colorida da flor é a pétala, ela pode ser uma bráctea”
Texto da Aluna: Maria Eduardo do Nascimento
Aluna do 9º ano
“Aprendemos o que é o genoma, que é o conjunto de todos os genes de um ser vivo; o que é DNA, que é um composto que contém as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e o funcionamento de todos os seres vivos.
O principal papel do DNA é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas e RNA.
Vimos, também, como se lê o dogma central da biologia, que afirma que o DNA transcrito em RNA é traduzido em proteína. Também estudamos as bases nitrogenadas. No DNA, a adenina está sempre pareada com a timina e a citosina com a guanina. E, se caso houver alguma mudança nesse pareamento, pode se desenvolver algum tipo de doença.
Os encontros foram maravilhosos. Tanto o professor Ádamo quanto a Diana são excelentes orientadores. Aprendi muito. Coisas que nunca tinha ouvido falar. E vi que estudar DNA não e tão complicado assim.”
“Osso: conheça a estrutura e alterações na osteoporose”
Texto da Aluna: Ana Luiza Bertoloti
Aluna do 9º ano
“No meu grupo nós estudamos mais sobre o osso e a osteoporose. Vimos que o osso é um órgão esbranquiçado, que forma o esqueleto, contendo células como os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos. Metade do osso é constituído por água e fluidos, a outra metade é células, vasos sanguíneos, nervos e colágeno. Sua função é proteger os órgãos internos, servir de apoio para os músculos, produzir sangue, reservar minerais, e funcionamento, conjuntamente com as articulações dos músculos esqueléticos e tendões, para permitir o movimento.
As células que formam o osso são chamadas de osteoblastos. Ao envelhecer, os osteoblastos passam a ser chamados de osteócitos. No osso, há células grandes e especializadas, os osteoclastos. A função do osteócito é avisar quando precisa produzir mais osso (quando o corpo está em constante movimento). O osteócito vai avisar o osteoclasto quando ele precisa parar de produzir osso, por exemplo, quando uma pessoa sofre acidente e precisa ficar em uma cama por um longo período de tempo. Os osteoclastos também têm a função de destruir áreas lisadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido ósseo. Os cientistas acreditam que os ossos estejam em contínuo remodelação, pela atividade conjunta de destruição e reconstrução empreendida, respectivamente, pelos osteoclastos e osteoblastos.
A estrutura do osso é constituída por duas regiões, a cortical e a trabecular.
A osteoporose ocorre quando os ossos se enfraquecem, mas também pode ser causada por doenças hormonais (menopausa), desordens alimentares, histórico familiar, certos medicamentos e peso abaixo do ideal. Sabemos que é o cálcio que dá dureza e resistência ao osso, portanto, a falta dele leva também à osteoporose. O primeiro exame que deve ser feito para se descobrir a osteoporose é a densitometria óssea (DMO).
Vimos, também, o que é fratura. A fratura é a perda da integridade mecânica e a continuidade do tecido ósseo. Quando se tem uma fratura, para o osso voltar ao normal, terá que ter uma consolidação óssea. O processo da consolidação óssea funciona da seguinte maneira: as células chegam até o hematoma e começam a trabalhar, formando assim o calo ósseo mole; as células continuam trabalhando até formar o calo ósseo duro e, assim, o osso volta ao normal.
Os encontros foram bem interessantes, pois acabei me aprofundando mais sobre o que acontece quando se tem uma fratura e como é o processo para o osso voltar ao seu normal, porém senti falta de mais aulas práticas.
O grupo acrescentou muito em minha vida, uma vez que foi um complemento ao meu estudo do grupo anterior, que foi sobre fraturas. Algo que despertou muito a minha curiosidade foi querer estudar mais os ratos com diabetes que ficavam no laboratório.”
“Variações do Genoma e a Diversidade Humana”
Texto do Aluno: Lucas Villas Boas
Aluno do 8º ano
“Meu grupo fala sobre genomas, onde estudamos sobre DNA, RNA, genes, genomas e mais. No primeiro encontro, discutimos sobre os textos entregue pela orientadora e tivemos que dar nossa opinião sobre o que foi lido.
Tivemos aulas teóricas, apresentadas em slides, explicando as funções do RNA, das proteínas, histonas e todos os assuntos do grupo, sendo que no terceiro foi dado um folhetim, “DNA, o sentido da vida?”, onde explicava o que é DNA, nucleotídeos, bases nitrogenadas e foi pedido que fizéssemos uma história em quadrinhos sobre o assunto.
No encontro seguinte, fizemos a extração do DNA do morango, e foi explicado a função de cada material usado para a extração, e produzimos uma história em quadrinhos sobre o que foi feito no laboratório.
Observamos a divisão celular de uma cebola, no quinto encontro, e foi pedido para responder um questionário do encontro passado. Vimos o aparelho que faz o DNA “correr”, e o gel feito após isso, no sexto encontro. No sétimo, vimos com um especialista o sequenciamento do DNA e os aparelhos usados. No oitavo, conversamos sobre o que faríamos no encontro seguinte, para a apresentação no Pré-Mural, e conhecemos um site chamado NCIB, que armazena várias informações sobre genes.
Adquiri vários conhecimentos sobre genes e alguns assuntos da escola ficaram mais fáceis.”
Texto do Aluno: Kelvilin Furlan Santos
Aluno do 9º ano
“Qual a função do sistema imunológico?
O nosso sistema imunológico tem a função de proteger nosso corpo contra patógenos. Os patógenos podem ser bactérias, vírus, protozoários, fungos, enfim, tudo que não faz bem ao nosso corpo.
Nosso sistema imunológico tem várias células de defesa, cada célula com sua morfologia (forma) e suas funções. O mastócito, por exemplo, tem grânulos, e quando estes são liberados, liberam uma histamina para que haja a dilatação das veias, quando a veia é dilatada, as células de defesa são liberadas para que ocorra o processo de engloba dos patógenos. A célula de defesa é liberada é o neutrófilo, e essa ação toda ocorre quando o nosso corpo reconhece um patógeno através da célula dendrítica.
A célula dendrítica reconhece o patógeno e o leva ao linfócito B, onde serão produzidos anticorpos adequados para o tipo de patógeno invasor.”
Texto da Aluna: Carla Marcantonio
Aluna do 9º ano
“No meu grupo do ‘Pequeno Cientista’ aprendemos vários conceitos, como por exemplo: o que é translocação? O que é um teste de paternidade e como identificar? Conceitos sobre as leis de Mendel; O que é DNA, cromossomo e bases nitrogenadas? Nós também fizemos um seminário sobre a doença que é causada por determinada translocação, divididos em grupo.
Disso e entre muitos outros assuntos estudados, eu passei a observar um lado da ciência cheio de curiosidades sobre “O Mundo do DNA”. Uma dessas curiosidades eu tive quando em um encontro retiramos o DNA do morango.
Foi uma experiência muito legal e interessante, e descobri que na primeira etapa observamos a destruição da parede celulósica e vimos o detergente responsável por romper a membrana citoplasmática e pela liberação do DNA no suco, assim como o álcool responsável por separar a molécula do suco.
Nosso grupo e nossos avanços foram incríveis, inclusive vou até explicar todas as respostas das perguntas que já citei no Pré-Mural.
A translocação é quando parte de um cromossomo passa a ser parte de outro. A Lei de Mendel, através das análises feitas com as ervilhas, diz que cada caráter é determinado por um par de fatores genéticos e que na formação do gameta, são separados e assim pai e mãe enviam apenas um para seu descendente. E foi assim que ele conseguiu despertar interesse nos geneticistas que vieram depois dele.
O meu seminário foi sobre uma translocação (entre os cromossomos 8 e 21) que gera a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), um câncer cancro na linha dos glóbulos brancos, por existir uma rápida proliferação de células malignas (blastos) que acabam interferindo na produção das células sanguíneas.
No primeiro encontro recebemos uma questão: “Afinal, o que é DNA, para vocês?”. Chegamos à conclusão de que é onde estão armazenadas as características que são passadas hereditariamente. Já o cromossomo é uma sequência de DNA que contém vários genes e são os cromossomos os responsáveis pelas características sexuais, ou seja, XX se for mulher, XY se for homem. Nos ácidos nucleicos, temos a bases nitrogenadas, que são de cinco tipos, adenina, guanina, citosina, timina e uracila, e elas se ligam com uma pentose e com um grupo fosfato.
Deixei por último o teste de paternidade. Ele funciona assim: depois de ter passado pelo processo de eletroforese, os pedaços de DNA são separados por uma corrente elétrica de acordo com seu tamanho. Um equipamento faz a leituras dos corantes e produz uma imagem que pode ser analisada.
Todas essas informações que possuo dependem muito de anotar, pois assim não coremos o risco de esquecer e, além disso, não ter anotado; já passei por isso e não foi bom.
A importância, para mim, de estudar o DNA, é ter a informações sobre nós mesmos, ou seja, conhecer o nosso corpo através do DNA. É muito importante, porque nós podemos ir além do que nós já sabemos e até ter curiosidades sobre determinadas características nossas e de onde elas vieram, do pai, da mãe, da avó, assim por diante.”
Texto da Aluna: Nathália Bononi
Aluna do 2º ano do Ensino Médio
“Nosso grupo do Pequeno Cientista, ‘O Mundo do DNA’, procurou estudar a estrutura da molécula de DNA, sua forma de organização e suas funções.
Durante o primeiro encontro, os orientadores fizeram uma pergunta que guiou os outros estudos, ‘o que é DNA?’. A partir da análise da composição da molécula, partimos para a forma de organização (cromossomos) e estudamos cada grupo separadamente.
Nossos orientadores nos deram a oportunidade de montar um exame de cariótipo, que consiste em organizar os cromossomos em grupos e procurar alterações, depois cada aluno teve que montar uma apresentação a partir da doença identificada no cariótipo. Pudemos acompanhar, também, a extração do DNA do morango e, posteriormente, de uma célula humana. Por fim, no último encontro, realizamos uma roda de discussão sobre como ocorre o uso de animais em pesquisa e o porquê de somente utilizarem certas espécies de animais nessas pesquisas.
“Formar e informar: desafios da divulgação científica dos conhecimentos químicos e físicos”
Texto do Aluno: Olavo Inácio
Aluno do 9º ano
“No nosso grupo, nós aprendemos sobre criação de modelos a partir de conceitos físicos e químicos.
Nós vimos, primeiramente, a tabela periódicas, que nós do grupo chamamos de ‘lego do mundo’, pois todas as coisas do mundo são formadas a partir de vários elementos químicos ligados.
Nós também vimos sobre a formação de minerais em regiões brasileiras. Por exemplo, um lugar que tem muito alumínio no solo tem grandes chances de ser produtor de bauxita (minério em que o alumínio é encontro em grandes proporções) e vice-versa. A ligação entre os elementos é chamada de ligação química, que é basicamente a união de átomos através de forças de atração.
Nós aprendemos também sobre as ondas longitudinais, que são quando as partículas do meio vibram na mesma direção da propagação da onda e sobre ondas transversais, que são quando as partículas do meio vibram perpendicularmente à propagação.
Nós também vimos sobre reflexão, que é quando a onda bate em uma superfície e volta, sobre refração, que é quando a onda é desviada, e sobre difração, que é quando a onda passa pela borda de uma barreira ou por uma abertura que provoca um alargamento de seu comprimento.”
“Formar e informar: desafios da divulgação científica dos conhecimentos químicos e físicos”
Texto da Aluna: Thayná da Rocha
Aluna do 9º ano
“Nesse semestre, o meu grupo estudou física e química, o que foi muito interessante, pois com a física e a química podemos entender o mundo ao nosso redor e elas estão sempre presentes em nosso dia-a-dia. Como, por exemplo, quando falamos e emitimos ondas sonoras ou quando acendemos a luz.
Durante os encontros, tratamos primeiro sobre a tabela periódica, uma tabela onde se encontra os elementos químicos estudados até hoje e são esses elementos que formam tudo o que existe no mundo. Discutimos também sobre o elemento tungstênio, que tem um ponto de ebulição de 5555ºC e, por isso, emite mais luz e calor e está presente nas lâmpadas incandescentes. Vimos também que os elementos podem ser os mesmos, mas em estados diferentes, como o ferro, que está presente na cadeira e no nosso sangue.
Nós pesquisamos sobre os minérios de cada região do Brasil e o que mais me chamou atenção foi que na nossa região (região Sudeste), os elementos com maior concentração são o ferro, que pode ser usado na fabricação de medicamentos para tratar anemias, e o cobre, que pode ser usado em condutores elétricos.
Estudamos também sobre ondas, perturbações que se propagam através de um meio; e sobre reflexão da onda, que é quando a onda bate e volta; refração, que é quando a onda é desviada e difração, quando acontece o alargamento da onda após atravessar orifícios ou fendas. Esses fenômenos acontecem muitas vezes no nosso dia-a-dia. Um exemplo é quando duas pessoas separadas por um muro conversam. Isso é devido à difração.
Com essas informações fizemos dois experimentos: o espectrômetro, que consiste em um CD preso em uma caixa com dois furos, uma para a entrada da luz e outro para a visualização do espectro magnético; a luz entra pelo furo de cima e refrata para o furo de visualização e, com isso, podemos ver as cores da luz comprovando que a luz branca é constituída por várias cores. No outro experimento, difratamos a luz de um laser por um fio de cabelo e, com isso, descobrimos por uma fórmula matemática que a espessura desse cabelo era de 28 micrômetros.
Com as informações que adquiri com o grupo consigo fazer algumas observações, como o arco-íris que se dá quando a luz do sol atinge as gotas d’água da chuva refratando as cores da luz solar.“
“Por que comemos o que comemos?”
Texto da Aluna: Rita de Cássia
Aluna do 9º ano
“No início, me interessei pelo título, achei que seria um tema interessante a ser trabalhado, pois achava que já tinha uma ideia de resposta para essa pergunta inicial. Mas, ao longo do projeto percebi que minha resposta estava errada, pensava que comíamos apenas por necessidade, ou aparência, mas não é bem assim!
Nós comemos o que comemos por vários motivos; existem razões habituais, psicológicas, sociais, culturais, industriais, de estética, ideologias de vida, hormonais e até por distúrbios alimentares… mas essa lista não para, existem vários motivos para comermos o que comemos.
Enfim, explicando melhor os itens citados, comemos por questão de hábito; um exemplo, sempre que você sente fome, você come algo que te satisfaz; mas isso também pode estar ligado aos hormônios, principalmente ao hormônio Grelina, que é o causador da fome.
Comemos por razões psicológicas quando estamos triste e comemos algo que nos conforte, por exemplo; um exemplo de que comemos por questões sociais é quando você está fazendo uma dieta rigorosa e seus amigos te chamam para ir a uma pizzaria, e lá todos estão comendo, e por esse motivo você também come e acaba saindo da dieta.
Um exemplo de questão cultural é o fato de que já estamos acostumados a comer arroz e feijão salgados aqui no Brasil, mas lá no Japão eles comem um doce de arroz com feijão!
Agora, imagine um sorvete, bem suculento com uma calda deliciosa por cima e ainda por com confeitos! Dá vontade de comer, né? É assim que as indústrias de alimentos querem que pensemos quando vemos suas propagandas; e isso está diretamente ligado à estética.
Por fim, concluímos que não somos nós que escolhemos o que comemos, mas sim essas várias “caixinhas”, por assim dizer, de influências alimentares.
“Por que comemos o que comemos?”
Texto da Aluna: Ana Luisa
Aluna do 9º ano
“No nosso grupo estudamos os fatores que envolvem a nossa alimentação e que nos influenciam diretamente, tais como: biológico, psicológico, hábito, cultura, social, mídia e estética. Eles também podem causar transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. As pessoas desenvolvem essas doenças, muitas vezes por terem problemas psicológicos, influência da mídia, ou até mesmo medo de comer.
Uma pessoa que tem bulimia não tem uma vida social, não frequenta restaurantes pois, quando ela come, sente remorso e “mia” (termo usado por pessoas com bulimia, para dizer que vão vomitar). A maior parte das pessoas que têm bulimia são garotas jovens que, muitas vezes, sentem-se sem saída e buscam ajuda na internet, em blogs criados para falar sobre a bulimia. O caso é tão grave que as pessoas criam grupos para incentivar uns aos outros a ficarem sem comer. Essas pessoas são fracas e frágeis, pois faltam vitaminas em seus corpos, e elas ficam mais vulneráveis a doenças como: anemia, hipoglicemia, insuficiência renal e perda de massa óssea.
Quando estamos ansiosos, comemos tudo o que estiver na nossa frente, já quando estamos nervosos não conseguimos comer nada. Isso é controlado pelos hormônios da alimentação, que são: serotonina, grelina, leptina e dopamina. A serotonina é um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, entre outros. E quando ela se encontra numa baixa concentração na corrente sanguínea, devemos comer alimentos que podem ajudar a controla-la, alimentos ricos em triptofano, como chocolate preto, vinho tinto, banana e abacaxi.
Os orientadores sempre passam tarefas para pesquisarmos sobre determinado assunto. Eu acho que isso é bom, pois me ajuda a entender mais a fundo o assunto. Depois da minha participação no Pequeno Cientista, fiquei mais atenta, mais esperta. Comece a ver melhor a ciência e tudo o que ela envolve. Estou no 9º ano e o que eu aprendi sobre células é o básico, mas aqui pude me aprofundar nesse tema, saber mais sobre isso.
É uma pena que está acabando, queria poder participar desse projeto, pro resto da minha vida. Essa experiência foi maravilhosa, aprendi tanto, me tornei melhor e eu quero captar o máximo de informações que eu puder para levar comigo.”
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