Você conhece o mundo fantástico das bactérias?!
Bactérias são seres vivos muito pequenos, que na maioria das vezes, não podem ser vistos sem a ajuda de um microscópio. Por isso, podemos dizer que as bactérias são micro-organismos.
A maioria das bactérias medem aproximadamente 0,2 a 1,5 μm de comprimento, podendo ser 10 vezes menores do que uma célula eucarionte.
As bactérias são micro-organismos muito peculiares, pois são constituídas por uma única célula. Além disso, diferente das células eucarióticas, as bactérias não possuem núcleo definido e nenhuma outra organela delimitada por membrana. Outro fato interessante, é que as bactérias, em grande parte, se reproduzem de forma assexuada, ou seja, uma única célula origina outra célula exatamente igual a primeira.
As bactérias são fantásticas, mas onde habitam?
Podemos dizer que as bactérias estão presentes em todos os lugares, no ar, na terra, na água, nos alimentos e até mesmo no nosso corpo. A essa capacidade damos o nome de ubiquidade.
O corpo humano possui mais bactérias do que células.
As bactérias são todas iguais? Como se organizam na natureza?
As bactérias podem ser encontradas em diversas formas e tamanhos e podem viver isoladas ou em colônias. Embora existam milhares de espécies, elas podem ser agrupadas em quatro tipos: cocos, bacilos, espirilos e vibriões.
Segundo a teoria da endossimbiose, as mitocôndrias e os cloroplastos eram organismos procariontes que foram englobados (fagocitados) por células eucariontes.
Quais as diferenças entre as bactérias Gram positivas e Gram negativas?
O método de Coloração de Gram é utilizado para classificar as bactérias em Gram positivas e Gram negativas. Esse método permite corar bactérias com base na composição química e integridade da sua membrana externa, chamada de parede celular. Dessa forma, podemos classificá-las com base no tamanho, forma e agrupamento, proporcionando, principalmente a distinção entre Gram Positivas (Roxo) e Gram Negativas (Vermelho).
A parede celular das bactérias Gram positivas é espessa e rígida devido a grande quantidade de peptidoglicano. Já as Gram negativas apresentam uma fina camada de peptidoglicano, tornando a parede celular mais permissiva. Além disso, há outras estruturas que diferem entre esses dois tipos de bactérias: os ácidos teicóico e lipoteicóico presentes nas Gram positivas, e os lipossacarídeos e porinas, inseridas na membrana externa das Gram negativas.
Para a coloração de Gram, utilizam-se dois tipos de corantes, o cristal violeta (roxo) e a fucsina (vermelha).
No início da coloração todas as bactérias são coradas pelo cristal violeta e o lugol fixa esse corante dentro das células. O álcool extrai os lipídeos da membrana plasmática das bactérias e desidrata os peptidoglicanos. Assim, as Gram positivas que possuem uma espessa camada de peptidoglicano, tornam-se roxas. Isso porque a desidratação dessa molécula forma uma camada protetora para a membrana plasmática, que não é afetada pelo álcool.
O cristal violeta fica retido no interior da célula. Em contrapartida, aquelas bactérias com uma fina camada de peptidoglicano (as Gram negativas), perdem a integridade da membrana plasmática após a lavagem com álcool, e o cristal violeta é retirado. Para visualizá-las ao microscópio é necessário adicionar fucsina (vermelha).
Referência Bibliográfica:
Luiz B. Trabulsi e Flávio Alterthum. Microbiologia. 5 ed. Atheneu, 2009.
Darlene A. de P. Vieira e Nayara C. de A. Q. Fernandes. Microbiologia Geral. Inhumas: IFG; Santa Maria:UFS M. E-Tec, Brasil, 2012.
Salman, Verena; Bailey, Jake V.; Teske, Andreas. Phylogenetic and morphologic complexity of giant sulphur bacteria. Antonie Van Leeuwenhoek, v. 104, n. 2, p. 169-186, 2013.
Autores:
Flávia C. M. Natividade
Relber Aguiar Gonçales
Ricardo Cardoso Castro
Colaboradores:
Profa. Dra. Marisa R. Barbieri
Roberto Galetti Sanchez
Diagramação:
Ricardo Cardoso Castro
Roberto Galetti Sanchez
ISSN 2446-7227
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