O transplante de medula óssea é um tipo de terapia especial indicado para tratar pacientes com doenças que afetam o sangue. Consiste na troca da medula do paciente doente por uma saudável, com a intenção de que regenere a função das células-tronco hematopoiéticas.
Células-tronco hematopoiéticas: São encontradas na medula óssea e são responsáveis pela geração de todo o sangue. (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas)
Existem duas formas principais de transplante: autólogo, quando se utiliza medula óssea do próprio paciente; e alogênico, quando o doador é alguém compatível com o paciente. Essa compatibilidade é dada pelo sistema HLA, ou antígenos leucocitários humanos. O sistema HLA é composto por genes e antígenos que fazem com que o nosso corpo reconheça quais são suas próprias células, e quais vem de outra pessoa. Se o paciente tiver os mesmos antígenos HLA (proteínas encontradas na membrana de quase todas as células do corpo) em suas células como o doador, seu corpo não vai reconhecer a medula óssea como algo estranho, o que é essencial para que o transplante dê certo. O difícil é encontrar duas pessoas que tenham o mesmo sistema HLA… Até em irmãos, o paciente tem apenas 25% de chance de ter um irmão idêntico.
Compatibilidade
Determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6. A combinação de genes do doador e do paciente deve ser idêntica (100%) ou muito próxima do ideal (90%). A análise é realizada em testes laboratoriais específicos, a partir das amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade (HLA)
Mas por que é tão difícil encontrar compatibilidade?
O sistema HLA contém vários genes, e cada um contém informação para criar um antígeno diferente. Existem muitas possibilidades de cada gene (como no quadro baixo), e o número de combinações possíveis desses genes é cerca de 1,7 x 1018, ou seja, 1.700.000.000.000.000.000 possibilidades!
Para tentar facilitar que um paciente encontre um doador, foram criados sistemas para registrar possíveis doadores de medula óssea, facilitando as buscas de compatibilidade entre paciente e doador. No Brasil, nós usamos o REDOME (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea). Segundo o Redome, “as chances de o paciente encontrar um doador compatível são de 1 em cada 100 mil pessoas, em média”. Por isso é tão importante as pessoas se cadastrem como doadores de medula óssea.
LEMBRANDO QUE PARA SE CADASTRAR, SÓ É PRECISO UMA AMOSTRA DE SANGUE!
Um daqueles tubinhos que sempre coletamos quando vamos fazer um exame de rotina, como esses daqui da imagem ao lado.
Algumas doenças indicadas para transplante de medula óssea incluem:
Leucemia mielóide aguda
Leucemia linfóide aguda
Leucemias mielóide crônica
Leucemia linfóide crônica
Mieloma múltiplo
Linfoma não Hodgkin e Hodgkin
Anemia aplástica grave
Aplasia pura da série vermelha
Hemoglobinopatias
Sarcoma de Ewing
Imunodeficiência grave combinada
Esclerose lateral amiotrófica
Autora: Jessica Santis
Alunos: Bárbara Victória Benke Moreno, Emanuele Gonçalves Elbert, Emanuelly Bessie de Souza, João Carlos Bertolini Filho, Maria Eduarda F. Clemente, Matheus Gimenez Rodrigues, Sara Emily Batista dos Santos e Vitória Alonso Marinho
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Imagens:
https://movimentosaude.com.br/dicas/340/transplante-de-medula-ossea-mitos-verdades-para-que-serve
https://br.freepik.com/index.php?goto=74&idfoto=746488
https://godfreydaily.com/2013/12/02/cell-memory-your-body-tells-a-story-godfreydaily/
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