O grupo “Desvendando os mistérios comportamentais dos nossos melhores amigos” teve como tema principal estudar o comportamento de cães e gatos. De acordo com a orientadora Flávia Bueno, foi proposto aos alunos observar e discutir sobre o comportamento desses animais domésticos. “As discussões durante os Encontros envolveram diversas abordagens, principalmente evolutivas e comparativas”. Diante disso foram levantadas as hipóteses: É possível deduzir que cães e gatos, animais domesticados há milhares de anos, trazem heranças comportamentais de seus ancestrais selvagens? Quais comportamentos nos dizem isso? E qual foi a influência do processo de domesticação no comportamento dos cães e gatos?
De acordo com a orientadora, as principais atividades foram desenvolvidas pelos alunos através das observações e filmagens de seus próprios animais domésticos. Flávia explica que “o resultado de tudo isso refletiu na forma como os alunos passaram a enxergar o comportamento de seus animais. O projeto serviu como um meio de despertar a curiosidade dos alunos a respeito do comportamento animal – não somente de cães e gatos, mas também de outros animais – como aves e coelhos, por exemplo.”
A orientadora observou também que muitos dos comportamentos estudados já haviam sido ‘percebidos’ pelos alunos, mas o que faltava era eles terem a oportunidade de estudar o ‘porquê’ dos animais apresentarem tais comportamentos.
Sobre o grupo…
Em relação ao comportamento dos alunos, segundo a orientadora, os alunos mais velhos, que se mostravam mais retraídos no começo, com o decorrer das aulas foram se soltando e começaram a participar mais das aulas. Por outro lado, os alunos mais novos se mostraram muito participativos desde a primeira aula, e sempre tentavam responder a determinado questionamento, sempre mostraram entusiasmo para relatar o comportamento de seus animais, e sempre demonstraram interesse pelo comportamento de outros animais.
A orientadora acredita que os alunos estão conseguindo absorver o conteúdo estudado. “Eu acredito que os participantes conseguiram absorver o conteúdo apresentado. Por exemplo, quando falei sobre o nome científico do gato, os alunos logo falaram que se tratava de uma subespécie. Eles haviam visto o conceito de subespécie em aulas anteriores, quando falei sobre o cachorro”.
Flávia E durante a revisão que foi dada a eles (nas duas semanas em que estive fora de Ribeirão Preto), obtive o feedback de que os alunos conseguiram assimilar bem os diferentes temas do conteúdo estudado. Essa revisão serviu como uma preparação para a apresentação do Pré-Mural.
Sobre as principais dúvidas dos alunos, Flávia listou os pontos mais discutidos no grupo.
“Os integrantes do grupinho sempre apresentaram dúvidas em relação ao conteúdo estudado. No decorrer das aulas, percebi que as dúvidas mais comuns estavam relacionadas ao comportamento animal propriamente dito. Por exemplo, quando estávamos discutindo determinado comportamento de cães ou gatos, muitos deles sempre acabavam perguntando se algum outro animal também apresentava o mesmo comportamento e o porquê de apresentar ou não. Quando discutimos, por exemplo, que os cães e gatos – sendo animais pertencentes à Ordem Carnívora – não mastigavam o alimento, surgiu a dúvida se outros animais, como os ratos, mastigavam ou não.
E há uma coisa interessante. Eu acredito que, por mais que os alunos tivessem dúvidas ‘pontuais’ ou até mesmo mais complexas sobre determinado tema estudado, isso não prejudicou de forma alguma o entendimento por parte deles. Eu me surpreendi do fato da maioria deles (ou até mesmo todos – não tenho certeza, pois sempre há um aluno um pouco mais tímido) apresentarem uma boa bagagem de conhecimento sobre conceitos básicos que foram abordados.
Assim, com o andamento das aulas, alguns questionamentos interessantes surgiram, como: ‘Por que os mamíferos não se extinguiram junto com os dinossauros?’, ou ‘Como os cientistas conseguem saber se determinado esqueleto (fóssil) encontrado pertencia a um cachorro mesmo?’.
Acredito também que os alunos foram “surpreendidos” com determinados temas. Por exemplo, para eles, a carne era o tipo de alimento mais difícil para os animais processarem (e na verdade é o contrário, pois nenhum animal conta com enzimas para quebrar a parede das células vegetais, tornando os vegetais mais difíceis de serem processados)”, explicou a orientadora.
Orientadora:
Flávia Regina Bueno
Alunos:
Dumayne Pereira
Gabriel Oliveira da Costa
Leron Faria Gonçalves
Maria Clara Faria Nogueira
Maria Luiza Alves Nunes
Patrick Medeiros de Lima
Pedro Henrique Melo Silva
Pedro Octávio Ferreira Lima
Vitória Luciana Vicente de Souza
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