Estímulos alinhados no sucesso dos programas da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto

Talvez seja difícil encontrar alguém que não tenha interesse em conhecer resultados de pesquisa, especialmente os relacionados à área das Ciências. A localização da Casa da Ciência do Hemocentro, no Campus da USP de Ribeirão Preto, já garante presença de interessados devido a conhecida excelência na qualidade dos profissionais e os resultados alcançados nos seus trabalhos. Os programas que a Casa vem desenvolvendo desde 2005 (Adote um Cientista) e 2012 (Pequeno Cientista) estão relacionados à difusão do conhecimento para alunos e seus professores de escolas básicas. No inicio da Casa (2001-3) trabalhamos com professores e seus alunos, procurando estender atividades no que seria colaborar para uma cultura científica nas escolas. Como a Casa teve origem em projetos de pesquisa (CTC/Cepid, INCTC/CNPq, e outros) e desenvolve suas atividades com pesquisadores, seus programas têm características de iniciação científica, cada vez mais raros em escolas básicas. Hoje temos a percepção de que complementamos as escolas com nossas atividades que são extraclasses. A despeito de todos estes anos de trabalho conjunto, temos clareza que a chamada cultura científica nas escolas – para se estabelecer – depende de interação permanente com centros de pesquisa; entre as razões muito conhecidas, destacamos os programas de formação de professores – ineficientes e desvinculados de pesquisa – e as inapropriadas e “engessadas” condições de trabalho nas escolas.  Entretanto, pelos nossos insistentes registros, percebemos que, mesmo vindo uma só tarde na semana (dependendo da existência de transporte), os programas revelam resultados significativos que se estendem nas escolas, confirmando um alinhamento de estímulos. O que, inicialmente, era para professores, ficou para alunos e criou estímulos para pós-graduandos, pais e até para instituições. Pensando bem, os programas da Casa da Ciência aqui no Hemocentro, Campus da USP de Ribeirão Preto são baseados em temas que os pós-graduandos (em maioria) desenvolvem em suas pesquisas; junto com a equipe da Casa, planejam, executam, avaliam, apresentam e divulgam achados de palestras e de grupos de orientação em um processo que seria de extensão. Em depoimentos recorrentes, alunos, professores, pais, diretores, coordenadores, graduandos, pós-graduandos, pesquisadores com alto reconhecimento, técnicos e instituições destacam os bons resultados; aprendemos que podemos chamar de estímulos alinhados esta – não esperada – convergência de interesses; há um custo embutido, pois é um arranjo do que já existe de melhor no Campus, especialmente os pós-graduandos, essenciais aos programas; ressaltamos que a cada novo semestre os pós levam parte significante dos grupos do Pequeno aos diferentes espaços de trabalho, nos quais os grupos são muito bem acolhidos. Parabéns a todos!

 

texto por Marisa Barbieri

revisão por Vinicius Anelli