Primeiro encontro – 10/01/2012
No primeiro encontro os alunos foram questionados sobre o método científico e a importância da pergunta para a ciência. Ao final deste bate-papo, concluíram que a ciência não é só aparelhagem técnica, pois o cientista necessita de uma postura diferenciada, já que é um curioso. Para o aluno Gustavo Giani, o cientista deve ter clareza sobre o que quer investigar: “O método ele vai usar para ter um critério para conseguir chegar onde quer, sem que haja interferência (nos resultados)”.
Ádamo Siena, graduando em biologia da Unesp/Jaboticabal e coordenador do “Férias com Ciência”, exemplificou a “postura científica” com a descoberta da penicilina por Alexander Fleming, médico e bacteriologista escocês. Fleming observou em uma placa de Petri com cultura de bactérias um espaço vazio, em que as bactérias não haviam se proliferado. “Ele viu que estava acontecendo algo e ficou com aquela dúvida. A partir dessa observação ele conseguiu chegar ao que conhecemos hoje como antibióticos, que são substâncias que matam os microrganismos, as bactérias. Uma coisa muito importante é a observação. Não só no laboratório, no dia a dia também. É importante ter um olhar preparado, não deixar as coisas passarem”, finalizou.
Experimentos
Em três bancadas de experimentos os alunos observaram a fotossíntese e respiração em plantas aquáticas, a morfologia e a dinâmica dos cloroplastos da
elódea com aumento de 400 vezes e discutiram as reações envolvidas na eletrólise.
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Experimento com a Elódea
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Um dos experimentos consistia em uma elódea aprisionada por um funil em um copo de Becker com água e com estímulo luminosos (duas lâmpadas incandescentes). Após observarem atentamente, os alunos notaram bolhas que estavam sendo produzidas pela planta. Concluíram então, que se tratava de um gás, provavelmente oxigênio, pois as condições favoreciam a realização da fotossíntese, que foi definida pela aluna Yasmin Pereira como a “transformação da luz e dos nutrientes no alimento da planta”.
Discussão
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Alunas observam caracteríticas de sementes
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A discussão sobre plantas foi focada nas angiospermas, plantas que possuem flores e frutos, estruturas essenciais para sua reprodução. A fecundação das flores pode ser realizada pelos polinizadores, responsáveis pela transferência de pólen das anteras de uma flor masculina para o estigma de flores femininas. Os polinizadores podem ser insetos, aves e até mesmo mamíferos. Entretanto, o polinizador mais conhecido é a abelha, pois possui estruturas especializadas em transportar pólen. Ricardo Couto, doutor em abelha e coordenador do programa, explicou que no terceiro par de patas da abelha – conhecido como patas coletoras – fica a corbícula, uma espécie de “pote” que serve para transportar o pólen.
Depois de fecundada, a flor dá origem ao fruto, que protege a semente e também é responsável pela sua dispersão no ambiente. A dispersão das sementes também pode ser realizada por animais, pela água e pelo vento. Há diversas especializações nas sementes que contribuem e influenciam na sua dispersão, isso varia para cada planta. Existem sementes com estruturas semelhantes a asas, são conhecidas como sementes aladas. Elas são carregadas pelo vento e conseguem chegar a longas distâncias. Os alunos puderam observar amostras destas e outras sementes.
Redação: Gisele Oliveira
Revisão: Fernando Trigo e Ricardo Couto