De acordo com os orientadores do projeto Onde vivem os animais? Um estudo das associações evolutivas entre ambiente e morfologia os objetivos previstos para o grupinho do Pequeno Cientista deste semestre é: valorizar e compreender as fundações da biodiversidade atual sob a perspectiva da Biologia Evolutiva; Entender o ambiente e seu papel como agente seletor de variação no processo evolutivo; Estabelecer a possibilidade de relação entre forma e função, em especial no que concerne a morfologia externa de animais vertebrados; Compreender as etapas gerais de desenvolvimento de um projeto de pesquisa em Ecologia Evolutiva, principalmente na elaboração de perguntas, hipóteses e coleta de dados partindo da observação de espécimes encontrados em coleções zoológicas; Estabelecer hipóteses de associações evolutivas entre fenótipo e contexto ecológico, especialmente no que concernem morfologia e hábito locomotor; e propor caminhos para testá-las.
Para alcançar esses objetivos, ao longo dos encontros os alunos, as discussões sobre a teoria e conceitos eram intercaladas com atividades práticas envolvendo animais da Coleção Herpetológica de Ribeirão Preto. “Houve práticas em que os alunos observaram a morfologia (forma e estruturas) de diversas espécies de animais vertebrados”, explica os orientadores.
“Em uma aula prática, os alunos mediram estruturas e partes do corpo de rã-touro, para comparar a diferença de medidas entre eles e entre as próprias medições. Houve também prática em que se associavam medidas do tamanho do corpo e dos membros com o habitat, e, na 9ª aula, os alunos observaram testes de desempenho com lagartixas e calangos vivos, observando como a temperatura e o substrato pode estar associado ao desempenho locomotor (escalada e corrida) dos animais”, completam os orientadores.
Segundo os orientadores, embora a apresentação dos resultados pelo grupo não tenha sido satisfatória no pré-mural, a intenção é que no Mural da Casa da Ciência os resultados sejam expostos de forma mais clara ao público.
Sobre o grupo…
Os orientadores observaram que com o passar das aulas, os alunos ficaram mais confortáveis com os orientadores e entre si com o passar das semanas. “Houve bastante empolgação em relação às aulas práticas e mesmo durante as discussões, alguns alunos se destacam ao trazer comentários e dúvidas pertinentes e muito bem elaboradas que, muitas vezes, mudam o rumo completamente da discussão”, explicam.
Os orientadores pontuam que os alunos apresentaram dúvidas como: “quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?” em uma discussão sobre a distinção entre ontogenia e evolução; “se eu colocar um bicho-preguiça no deserto, ele não pode se adaptar e sobreviver?”, em uma discussão sobre pressões seletivas e o papel do ambiente na evolução fenotípica. “O que são exatamente os genes e em que eles têm a ver com evolução?”, perguntou um dos alunos após ler sobre genes na escola.
Orientadores:
Priscila de Souza Rothier Duarte
Vinícius Anelli
Bianca Bonini Campos
Alunos: Ana Elisa Ferreira Lima
Giulia Rodrigues Castilho
Guilherme Branco Zeri
Ian Nathan de Souza Silva
Iasmin Gontijo Souza
Lucas Cavalari Luis
Pedro Estevão Paulista
Richard Gabriel dos Santos Francisco
Rodrigo Felix da Cruz
Stefanie Maciel Santos
Thais Veloni Ribeiro
Túlio Parra Ribeiro
Texto por Priscila de Souza Rothier, Vinícius Anelli e Bianca Bonini Campos
Revisão por Crislaine Messias
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