Você já se fez essa pergunta? Ou tem alguma resposta em mente? Esse foi o tema da primeira palestra do Adote um Cientista 2017, com o professor Geraldo A. Passos, do Departamento de Genética e Biologia Molecular das Faculdades de Odontologia (FORP) e de Medicina (FMRP), ambas do campus USP Ribeirão Preto.

Você sabe quem são os responsáveis por afirmar que o DNA é uma dupla hélice? O palestrante iniciou o bate papo falando sobre os cientistas Francis Harry Crick nascido em 1916, na Inglaterra e James Dewey Watson, que nasceu em 1928, em Chicago, nos Estados Unidos.

Os dois marcaram a história científica ao descobrirem que o DNA é uma dupla hélice e esse feito rendeu aos jovens o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1962, e se tornaram uns dos cientistas mais importantes da história moderna.

E quem já ouviu falar sobre o médico, farmacologista, biólogo e botânico Alexander Fleming? Responsável por descobrir a Penicilina, o primeiro antibiótico. Fleming observou que uma colônia do fungo Penicillium inibia o crescimento de bactérias em uma placa de Petri e, a partir disso, a substância chamada Penicilina foi estudada e finalmente isolada. O achado trouxe um grande progresso para a Medicina, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, quando o medicamento foi usado para tratar os soldados feridos e evitar que seus ferimentos não infeccionassem e servissem como porta de entrada para bactérias.

Mas de onde vem essa história de “fazer” Ciência? O palestrante explica que vem da necessidade do ser humano de construir coisas úteis como roupas, utensílios, ferramentas, entre outros. Além disso, o homem também é abstrato então se questiona sobre vários elementos do mundo natural no qual está inserido.

Você sabia que a Ciência sem a ignorância não existe? De acordo com o professor Geraldo a Ciência funciona na fronteira entre o conhecimento e a ignorância. Se o ser humano conhecesse tudo não existiria essa atividade humana que se chama Ciência, ou o exercício de fazer Ciência. Quantas coisas o ser humano desconhece? Logo, a ignorância e o inconformismo são os motores que incentivam o homem a continuar pesquisando, estudando, investigando.

E quais tipos de pesquisas existem? As principais são a Pesquisa básica, responsável pelos estudos sistemáticos dos fenômenos e dos fatos observados sem o compromisso com aplicações imediatas e específicas, como o estudo da estrutura dos átomos e, das moléculas  e das células.

Há também a Pesquisa aplicada, que utiliza o estudo sistemático para atingir uma necessidade específica, como por exemplo, a pesquisa de vacinas. Já a Pesquisa de desenvolvimento, que já tem a produção de materiais, sistemas e métodos úteis. Quando o produto já está próximo de ser lançado no mercado. Porém, o palestrante enfatiza que os dois últimos tipos de pesquisas precisam dos estudos desenvolvidos pela pesquisa básica para serem validadas.

A descoberta é a faísca da Ciência. Você sabe o que significa Eureka? Qual a importância desse momento para o cientista?

Quais os tipos de impacto que a Ciência pode causar?  A Ciência é algo tão poderoso, que pode gerar o Impacto Cientifico, quando os resultados incentivam o progresso do conhecimento; Impacto Tecnológico, quando há inovações em produtos, serviços, progressos; Impacto econômico, que geram riquezas pela comercialização de inovações; Impacto na saúde, que colabora para o aumento da qualidade expectativa de vida das pessoas; Impacto cultural, transformações nas habilidades e nas atitudes das pessoas e o Impacto no ambiente que contribui para conservação da biodiversidade.

E você sabe o que é Conhecimento Científico? Conhecimento científico é a informação e o saber que parte do princípio das análises cientificamente investigadas. Para ser reconhecido como conhecimento científico, esse deve ser baseado em observações e experimentações que servem para testar a veracidade e falibilidade de determinada teoria.

Você sabe quais são os primeiros passos para se iniciar uma pesquisa? E como se descobre o potencial para ser um cientista? Durante a palestra, algumas perguntas bem curiosas foram feitas pelos estudantes, entre elas, “Como o cérebro guarda memórias?”. A questão gerou uma discussão saudável e outro aluno respondeu que a memória fica registrada nos neurônios e circuitos neuronais.

Você já se perguntou por que podemos herdar doenças mentais, mas não herdamos a memória? Em seguida, outro aluno interveio fazendo a distinção de genótipo e fenótipo e disse que a memória “não está salva no DNA”, por isso não pode ser herdada.

 

Texto por: Crislaine Messias

Revisão por: Caio de Oliveira

 

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