Pode parecer um fato corriqueiro, mas os alunos do Adote um Cientista passaram a escrever textos sobre o que aprenderam nas palestras do último ano. Semanalmente, eles foram estimulados a escrever seu próprio relato sobre os encontros, o que resultou em ótimos textos que começarão a ser divulgados em nosso site.

Elaborar textos de próprio punho significa conseguir organização de ideias para se comunicar de forma a fazer com que os outros entendam”, explica a Profa. Marisa Barbieri, coordenadora da Casa. “Para isto, consultaram seus cadernos de anotações e trocaram ideias com outros alunos”, contou.

Marisa acredita que, com a divulgação destes textos, talvez criemos oportunidade para contar um pouco do potencial – de certa forma negligenciado – que alunos demonstram ter para aprender assuntos considerados complexos (como são nas palestras do Adote). Nesta afirmação, revelamos um dos “segredos do sucesso” da Casa da Ciência. Para demonstrar é preciso planejar o que deve ser feito e documentar o que é realizado durante as atividades.

O registro é uma das marcas da Casa e tem em vista acompanhar o desempenho dos participantes, que confirmam e modificam nossos programas, contando a sua história. “Sendo esta uma das condições óbvias de todo processo de avaliação, passou a ser um princípio que deu à Casa possibilidades de analisar e disponibilizar resultados, além de criar um imenso arquivo de dados, que precisa ser desovado”, explica a professora.

Uma das nossas dificuldades, e também justificativa para divulgar dados, é que o trabalho da Casa da Ciência é considerado inédito, embora semelhante a muitos outros, pouco avaliados e pouco valorizados.

São sutilezas que fazem a diferença. “Pode ser uma afirmação que representa mais a opinião da equipe da Casa da Ciência do que das outras pessoas”, explica Marisa Barbieri. “Mas neste ano, com a seção Casa em Foco, vocês terão a oportunidade de conhecer e de acompanhar algumas situações registradas durante as atividades e os programas que desenvolvemos – será que estamos acostumados a guardar dados para um trabalho mais elaborado ou será que temos poucas notícias de programas como os que desenvolvemos?”, se pergunta ela.

por Vinicius Anelli e Marisa Barbieri