Sorriso irradiante: os benefícios do laser para a Odontologia

GIOVANA FARIA

Hoje conversamos um pouco com o grupo da Ana Carolina Fernandes Couto e do Luciano Aparecido de Almeida Junior que, durante este semestre, estão apresentando aos seus alunos os benefícios e as curiosidades dos tratamentos a laser na odontologia.

Ana Carolina é graduada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e, atualmente, é mestranda em Odontopediatria na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP-USP).

Luciano é graduado em Odontologia pela Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), mestre em Ciências Odontológicas pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal), e, atualmente, cursa Especialização em Ortodontia pelo Instituto Marcelo Pedreira, e é doutorando em Ciências (área de concentração: Odontopediatria) na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto  (FORP-USP).

Como você conheceu a Casa?

GRUPO Conhecemos por meio de um e-mail enviado pela equipe da Casa da Ciência a nossa faculdade (FORP/USP). O Prof. Francisco W. Garcia de Paula e Silva entrou no site e nas redes sociais do Projeto, que parecia ser muito interessante. A partir daí, o Prof. Francisco entrou em contato com a Profª. Raquel Assed Bezerra Segato, coordenadora do nosso curso de Pós-Graduação, para mostrar a relevância da atividade. Decidiram, então, apresentar o projeto aos pós-graduandos do Programa de Pós-Graduação em Odontopediatria para estimular o desenvolvimento de atividades educativas junto aos alunos da Casa da Ciência. Quando apresentaram para nós, pós-graduandos, ficamos encantados com a proposta do projeto em proporcionar conhecimento de nossa área para alunos que ainda não ingressaram no Ensino Superior.

O que te motivou a escolher participar do Pequeno Cientista?

GRUPO A possibilidade de estimular alunos da Educação Básica a fazer questionamentos, mostrar que ideias podem se tornar hipóteses e como podemos testá-las usando métodos científicos. A curiosidade, criatividade, iniciativa e o livre pensamento devem ser estimulados desde muito cedo e gostaríamos de participar desse processo com alunos que ainda não ingressaram na universidade. Entender o papel da nossa Instituição em benefício da comunidade por meio da pesquisa é de fundamental importância para a formação do jovem cientista. Sentimos que a ciência deve estar mais próxima dos jovens e da população em geral e o Pequeno Cientista é uma via de acesso a essas pessoas.

Como foi realizada a escolha do tema/recorte de pesquisa para as aulas?

GRUPO No nosso programa de Pós-Graduação os alunos fazem um Estágio de Aperfeiçoamento de Ensino para aprimorar suas atividades didáticas. Nós entendemos que a participação na Casa da Ciência faz parte deste projeto, no qual os pós-graduandos têm a oportunidade de aprender a se comunicar por meio de uma linguagem não técnica. Os mestrandos e doutorandos são estimulados a trabalhar com os alunos da educação básica em áreas de livre escolha, mas que façam parte das linhas de pesquisa do programa. Assim, os projetos e atividades realizadas estarão dentro da nossa área de atuação. No projeto atual, a utilização da terapia com laser para tratamento de doenças bucais ou estimulação de reparo tecidual foi a temática escolhida pelos PGs Luciano de Almeida Júnior e Ana Carolina Couto, sob orientação do Professor Francisco, uma vez que esse é o assunto que foi ou está sendo investigado em suas pesquisas de mestrado. A Profa. Maria Cristina Borsatto, também do nosso programa, é uma pesquisadora com reconhecida atuação nessa temática e entrou conosco nessa empreitada.

Por que você escolheu este método de ensino?

GRUPO Em nossas atividades utilizamos metodologias ativas de ensino como roda de discussão, jogos, gincanas e atividades práticas. Os alunos são encorajados a propor assuntos para discussão e desafiados com atividades fora do âmbito acadêmico, com a realização de resumos sucintos que abordem o ponto de vista do próprio aluno, sobre o tema. Paralelamente, mostramos a eles os ambientes de pesquisa na FORP/USP, como biotérios, laboratórios e clínicas, bem como artigos de pesquisa que foram realizados na universidade, partindo dos estudos in vitro, passando pelos pré-clínicos (translacionais) e terminando na pesquisa clínica aplicada. Nestas atividades contamos com a colaboração de diversos servidores não docentes da FORP/USP.

Você já alterou algo no método de ensino ou no conteúdo após esses primeiros encontros? Se sim, baseado em qual comportamento do aluno?

GRUPO Na primeira experiência que tivemos na Casa da Ciência percebemos que as aulas tradicionais com projeção deixavam o aluno em uma posição muito passiva quanto ao recebimento da informação. O ambiente era escuro e convidativo ao sono. Nesse semestre, todas as discussões acontecem em salas claras, com todos ao redor de uma mesa e o coordenador da atividade acaba tendo um papel mais de tutor e moderador da discussão do que como a fonte central de todo conhecimento. Isso tem deixado os alunos mais à vontade para participar, a partir do momento que eles percebem que devem se expressar para desenvolver uma ideia. Nessas atividades contamos com a colaboração de bolsistas de Pré-Iniciação Científica do Ensino Médio (Geovanna Peçanha, Pedro Henrique Pereira e Kauan Leme) que ajudam a manter a discussão mais proveitosa, uma vez que também discutem com os colegas conceitos importantes da física, química e biologia que já aprenderam na escola. Este fato faz com que os outros alunos também sejam estimulados e queiram participar das aulas. Além disso, foi pedido aos alunos que fizessem um resumo simples sobre o tema abordado, para que fosse avaliado individualmente o ponto de vista de cada um sobre o assunto e a absorção do conteúdo que procuramos compartilhar com eles. Temos observado que os alunos mais tímidos passaram a participar mais das atividades, pois se sentem confortáveis para isso.

O grupo da Ana Carolina e do Luciano é composto pelos alunos:

  • Ana Beatriz de Melo Bertochi
  • Ana Carolina Delfiol Alves 
  • Geovanna Peçanha Valério 
  • Raquel da Conceição Paz 
  • Thierry Martins Damaceno Carvalho